O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), António Cunha, demonstrou-se um pouco perturbado face à estratégia da TAP para o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Maia, aeroporto esse que estabelece as ligações aéreas do Norte de Portugal e serve a região espanhola da Galiza.
“É um motivo de preocupação para o desenvolvimento económico da região”, afirmou à Lusa o responsável, que aponta “as vertentes da indústria” e “as vertentes do turismo” como das mais relevantes para o Norte.
No passado sábado, dia 2 de abril, o JN noticiou que, face ao verão de 2019, a TAP vai cortar sete rotas e disponibilizar menos 705 mil lugares em relação às principais companhias internacionais, que reforçam a presença a partir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, em Pedras Rubras.
Ontem, o presidente da CCDR-N lembrou que o Norte “é a região mais exportadora do país” e tem “uma das diásporas mais importantes”, além do elevado grau turismo e de industrialização.
Para além de ser o elo de ligação entre o Porto e vários pontos do Mundo, o Aeroporto Francisco Sá Carneiro serve também a região espanhola da Galiza, liderando destacadamente o tráfego de passageiros em 2021 face ao conjunto dos aeroportos vizinhos de Vigo, Corunha e Santiago de Compostela.
Já na passada terça-feira, dia 5 de abril, a presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Luísa Salgueiro, em declarações à Lusa, defendeu que a TAP, como companhia de bandeira nacional, tem que tratar de “forma equitativa” os territórios.
“É evidente que considero que sendo a TAP uma companhia de bandeira nacional, tem que tratar de forma equitativa os territórios, até porque todos contribuímos para a solução que permitiu a manutenção da TAP no Estado”, afirmou.
A também presidente da Câmara de Matosinhos frisou que a pandemia fez com que o país parasse durante mais de dois anos, lembrando que “o setor da aviação foi altamente atingido com isso”.
“Devemos estar em conjunto a encontrar soluções para que a TAP continue a ser uma companhia de bandeira, mas que sirva todos os territórios de forma equitativa”, finalizou a autarca.