As obras do metro obrigam a mudanças no planeamento da Queima das Fitas do Porto, que está a comemorar a sua 100.ª edição. O cortejo será relativamente mais curto e a missa e a serenata serão feitas na Cordoaria, num evento onde são esperadas 400 mil pessoas na Baixa da cidade no dia do desfile académico.
Depois de dois anos em que a pandemia da covid-19 cancelou a Queima das Fitas do Porto, o evento está de volta, numa altura em que se vai assinalar a centésima edição. Apesar do seu regresso, serão feitas algumas alterações em relação ao que costumava ser habitual antes da pandemia.
Desde logo, o percurso do cortejo será modificado, muito por força das obras do metro, que impedem a descida dos estudantes pela Rua dos Clérigos. Também a monumental serenata e a missa da bênção das pastas vão mudar de local, mas “mantendo-se na zona histórica da cidade”, salientou ao JN Ana Gabriela Cabilhas, presidente da Federação Académica do Porto (FAP).
O cortejo será mais curto: “Começará às 14:01 horas do próximo dia 3, na Rua de Camões, junto ao viaduto de Gonçalo Cristóvão, descendo para a tradicional tribuna montada na Praça do General Humberto Delgado”, revelou a presidente da FAP.
Já o alinhamento dos carros será feito na Rua de João das Regras (artéria paralela à Rua de Gonçalo Cristóvão) até, sensivelmente, ao Hospital de Santa Maria. No fim do cortejo, “os carros dos diferentes cursos serão encaminhados para o Palácio de Cristal, através do túnel de Ceuta”, referiu a presidente da FAP.
Num evento onde são esperadas mais de 400 mil pessoas na Baixa, sendo que 300 mil são da Academia ~e as outras 100 mil são do público em geral, a responsável ressalvou que “o trajeto do cortejo pretende manter as questões de segurança e também de acessibilidades a pontos estratégicos da cidade”, tendo o trabalho sido “coordenado com a Câmara do Porto, assim como com as forças policiais”.
“Esta é uma Queima das Fitas destinada aos estudantes de hoje da Academia, mas também para todos os outros que não tiveram oportunidade de viver a sua Queima de finalistas nestes últimos dois anos de pandemia”, vincou a presidente da FAP.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, “não só os dois palcos vão ganhar uma nova localização, de costas para a zona residencial, de forma a diminuir o impacto do ruído, como será criada uma zona lounge, com capacidade para 1500 pessoas e uma área de refeições “premium”. Também haverá um reforço da videovigilância e das torres de vigia”.
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