A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) denunciou no passado domingo, dia 22 de maio, que “estão a ser deslocados para o Aeroporto do Porto polícias sem formação específica para trabalhar no local”.
“Retiraram os poucos polícias que estavam no aeroporto do Porto para dar formação no âmbito da reestruturação do SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras] e colocaram lá polícias sem formação aeroportuária. Perguntamos: qual a razoabilidade disto? Como é que o Governo está a gerir este processo? Terão noção de que esta opção acarreta riscos?”, disse o Presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos, em declarações à Lusa.
A associação sindical diz ainda que os profissionais da PSP diariamente são submetidos a alterações às escalas, para colmatar as falhas de programação com a anunciada extinção do SEF. “Os profissionais da PSP no Porto assistem às suas escalas serem alteradas diariamente, com supressão de folgas, férias…”, revelou o Presidente da ASPP/PSP.
“A PSP nos aeroportos tanto em Lisboa, como no Porto como em Faro, está com muita dificuldade ao nível de efetivos”, uma situação que, apesar de transversal, “é muito mais grave no Porto”, frisou Paulo Santos.
“À semelhança de anos anteriores, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras está a ultimar o plano da operação nos postos de fronteira aéreos para o período de maior fluxo de passageiros do chamado Verão IATA, entre os meses de julho e setembro”, refere o SEF, numa nota enviada à agência Lusa.
A agência Lusa tentou entrar em contacto com o Ministério da Administração Interna que remeteu esclarecimentos para a direção nacional da PSP, estrutura da qual se aguarda resposta.