A Câmara de Matosinhos confirmou à Lusa esta quarta-feira, dia 22 de junho, que encomendou um estudo para implementar um “metrobus” entre o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, em Pedras Rubras, e a Petrogal, estando ainda em equação a ligação a Leça da Palmeira e Matosinhos.
“Abrange a ligação do aeroporto [Francisco Sá Carneiro] à zona nascente dos terrenos da Petrogal, mas está em análise também o traçado de ligação a Leça da Palmeira e Matosinhos”, refere a autarquia Matosinhense em resposta a questões da agência Lusa.
Em causa está um estudo encomendado à empresa TRENMO (Transport, Engineering, Modelling) para a “análise exploratória para a viabilidade de implantação de um BRT [Bus Rapid Transit, vulgo ‘metrobus’] em Matosinhos”, assinado em fevereiro deste ano, publicado no portal Base.
“O estudo está a ser realizado, todavia, ainda é prematuro adiantar informações porque o mesmo ainda não está terminado e nem foi aprovado pelo executivo municipal”, referiu a autarquia.
Na passada sexta-feira, dia 17 de junho, a Galp anunciou ter escolhido a holandesa MVRDV para construir uma “Innovation District” (cidade da inovação ligada às energias do futuro) na antiga refinaria de Matosinhos, um investimento ligado às “energias do futuro”, no âmbito de um protocolo de cooperação entre a Galp, a Câmara de Matosinhos e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
No sentido de haver a possibilidade de implementação de um BRT em relação a outro tipo de soluções de transporte, como por exemplo o elétrico, a Câmara de Matosinhos afirmou que “a opção BRT está cientificamente comprovada que é uma solução eficaz considerando a flexibilidade da sua implementação no espaço urbano disponível”.
Apesar da defesa maior da solução BRT, “todas as soluções têm as suas vantagens e inconvenientes”, e a autarquia de Matosinhos reconhece que “a solução metro (LRT) é um transporte público de maior qualidade de serviço por ser mais confortável e qualificador do espaço público que o BRT“, mas “em termos de tempos de viagem BRT e LRT são idênticos”.
“As soluções mais adequadas estão no território, o nosso dever é encontrá-las considerando a análise dos diagnósticos e estratégia do Plano de Mobilidade e Transportes e Plano Diretor Municipal”, conclui a Câmara de Matosinhos em declarações à Agência Lusa.