O Notícias Maia esteve à conversa com Manuel Azenha, presidente da Junta de Freguesia do Castêlo da Maia, após terem vindo a público várias situações de insegurança reportadas um pouco por todo o concelho da Maia, e particularmente no Castêlo da Maia. Fala-se em onda de assaltos e os moradores sentem-se inseguros. Todos os dias chegam às redes sociais relatos de novos incidentes.
Notícias Maia: Que esforços tem desenvolvido a Junta de Freguesia, no sentido de tranquilizar a população e de combater esta onda de assaltos, como tem vindo a ser chamada?
Manuel Azenha: A Junta de Freguesia tem, no nosso entender, feito aquilo que se enquadra nas suas competências. Temos alertado as autoridades no sentido de fomentar o aumento do policiamento nas rotas e nos locais mais problemáticos.
Notícias Maia: Sente que esse aumento do policiamento pedido pela Freguesia tem acontecido?
Manuel Azenha: Devo confessar que, respeitando todos as entidades e as dificuldades que cada uma possa ter, estas dão uma imagem para o público de uma certa inercia e de um “deixar correr”, permitindo o tipo de situações que hoje ocorrem.
Notícias Maia: Mais concretamente, quais são as situações que referiu anteriormente?
Manuel Azenha : A aparente inercia leva por um lado a que os moradores se tentem agrupar e por outro lado conduz ao sentimento de impunidade.
Notícias Maia: Quais são, no seu entender, as áreas mais afetadas?
Manuel Azenha: Destaco duas situações. A primeira na urbanização “Real Castelo”, numa área que se estende ao monte de Santo Ovídio e às áreas circundantes, em que tem havido numerosos assaltos. Em segundo lugar, e infelizmente uma situação bastante recorrente, destaco os assaltos aos cemitérios. Estes lugares impõem um respeito pelos nossos antepassados, mas hoje em dia, começa a notar-se um à-vontade no crime, criado pelo descrédito.
Notícias Maia: Como sugere que sejam tratadas estas situações?
Manuel Azenha: Uma vez que se nota uma dificuldade das autoridades em acompanharem no terreno este tipo de situações, poderia ser exequível que a Câmara da Maia tivesse disponibilidade em orientar a Polícia Municipal a fazer turnos de vigia, como um meio dissuasor. Enquanto autarca lamento ter de reconhecer a nossa incapacidade para dar melhor solução, dada a falta de competências que temos nesta matéria, que são bastante reduzidas e bastante limitadas.
Notícias Maia: Julga que, apesar da GNR ter um posto localizado na Freguesia, esta não tem meios suficientes para servir a população?
Manuel Azenha: Tudo aponta nesse sentido, apesar de não estar completamente inteirado e ter uma visão idêntica ao do cidadão corrente. De facto, dado a proliferação de incidentes que ocorrem diariamente e o desempenho das suas tarefas normais, nota-se que há deficit, talvez de efetivos, sendo este notório na ação.