Segundo dados do Portal do SNS, este é o valor mais alto dos últimos oito anos e dívida vencida representa 59,4% do total, de acordo com o jornal Público.
No entanto, Administração Central do Sistema de Saúde diz que valores de junho não reflectem o efeito do OE 2022, com transferências de 292,8 milhões de euros. Este peso já foi maior, uma vez que, em fevereiro de 2018, situava-se em 70,3% da dívida global.
Ao mesmo jornal, Xavier Barreto, presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), justifica que há vários “fatores importantes” a contribuir para esta dívida, desde logo a maior atividade assistencial, necessária para “recuperar a atividade que foi protelada durante a pandemia”.
Mais do que isso, também a subida dos preços de produção está a pesar no aumento da dívida. A subida do preço dos combustíveis, aponta, “começa a refletir um aumento de gastos importante e não esperado no orçamento de 2022”, o preço da eletricidade “triplicou desde o ano passado” e nota-se um “aumento de preços significativos em praticamente todos os materiais e consumíveis hospitalares” provocado por problemas nas cadeias logísticas, com escassez de matérias-primas.