Os turnos de policiamento no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, em Pedras Rubras, têm chegado a ser feitos por apenas três polícias no local. A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia já se manifestou ao Governo.
A ida de vários agentes para o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) fez com que vários turnos no Aeroporto do Porto tenham sido assegurados apenas “por três ou quatro agentes”, denuncia o presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP). Paulo Santos, ao Jornal de Notícias.
“Um passageiro estava exaltado e, ao lado, encontravam-se alguns polícias espanhóis, de regresso ao seu país, que o acalmaram. Quando a PSP chegou, já os colegas espanhóis tinham partido e houve dificuldade em dominar o passageiro. A situação teria sido controlada em dois ou três minutos com uma equipa de intervenção rápida, mas não havia elementos para a formar”, afirma um dos policiais no local, contando um incidente que ocorreu há cerca de dois meses e que obrigou os seus colegas a receber tratamento hospitalar e a ficar de baixa médica até hoje.
O agente afirma ainda que o número de policias no local chegou a ser tão baixo que “já houve necessidade de desviar o elemento de serviço à videovigilância, o que nunca deveria acontecer”.
Aa ASPP questionou, através de um comunicado, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, sobre a falta de efetivos policiais na PSP, alertando para o envelhecimento dos efetivos e a fraca compensação salarial, pedindo a atualização dos vencimentos para atrair possíveis novos elementos.
“Tal certamente aumentará o número de candidatos, manterá os profissionais e consequentemente rejuvenescerá o efetivo, traduzindo-se em maior capacidade operacional e maior dinâmica”, escreve a ASPP.