Gonçalo Pires, CFO da TAP, disse que não vai devolver os 3,2 mil milhões de euros de ajudas do governo emprestadas à empresa no âmbito do plano de reestruturação aprovado por Bruxelas, em 2021.
Questionado pelo Dinheiro Vivo sobre os pormenores de como seria feita a devolução do montante cedido pelo Estado em 2021, Gonçalo Pires colocou esse cenário de lado tendo em conta que não foi acordado no modelo do plano de reestruturação assinado entre a TAP e a Comissão Europeia.
“O nosso plano de reestruturação envolve injeções de capital, não é divida”, respondeu Gonçalo Pires durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados trimestrais da TAP.
Gonçalo Pires revelou ainda que a última ajuda do Estado à TAP, no valor de 990 milhões de euros, chegará em dezembro, conforme definido no Orçamento do Estado de 2022.
A TAP apresentou, esta quarta-feira dia 2 de novembro, os resultados do terceiro trimestre, com lucros de 111,3 milhões de euros entre julho e setembro. Ainda assim, o resultado líquido dos primeiros nove meses do ano continua em terreno negativo com 90,8 milhões de euros de prejuízos.
“A TAP está a pagar aos portugueses desde o primeiro dia em que foi salva. Em passageiros, nas exportações, nas compras que faz, no apoio que dá ao turismo do país”, respondeu o Pedro Nuno Santos num debate sobre a privatização da companhia.