Em 2024, o ensino superior vai ter novas regras, introduzidas de forma gradual, avançou esta quinta-feira, dia 5 de janeiro, o secretário de estado do Ensino Superior.
Ao Público e ao Jornal de Notícias, Pedro Teixeira revelou que os exames nacionais deverão passar a valer cerca de metade da nota de acesso ao ensino superior. Já a classificação final do ensino secundário, no sentido oposto, vai passar a valer menos, devendo passar a ter um peso mínimo de 35%.
Estas medidas serão implementadas para que as provas finais deixem de ser obrigatórias para conclusão do 12.º ano, medida que foi implementada com a pandemia de covid-19, quando os alunos passaram a fazer exame nacional apenas às disciplinas específicas de acesso ao ensino superior.
Em relação ao número de exames, o Governo está a preparar algumas mudanças, previstas para serem introduzidas também a partir de 2024. O Jornal de Notícias citou o secretário de Estado, que explica que “uma das hipóteses” em análise é a realização de “pelo menos três exames”, um dos quais obrigatório, que possivelmente será à disciplina de Português. Deverá depois ser exigido também exame a uma disciplina trienal e outra bienal. “O número de exames tem a ver com alguma preocupação em termos de exigência”, diz ao JN Pedro Teixeira.
Já o Público revelou introdução de um contingente especial para alunos desfavorecidos, à semelhança do que já existe para militares ou estudantes das regiões autónomas. O Executivo prevê que os beneficiários do primeiro escalão do abono de família fiquem com 1% das vagas de cada curso em cada fase do concurso de acesso ao ensino superior ou, nos cursos de menor dimensão, que lhes seja reservada pelo menos uma vaga.