A Critical Manufacturing, criada por antigos quadros da extinta Qimonda, vai expandir as operações para Penang, na Malásia.
Em Penang, na Malásia, a Critical Manufacturing comprou uma empresa serviços de integração de soluções de manufatura para indústrias de alta tecnologia.
Mesmo não avançando o valor da aquisição da entidade, o presidente executivo (CEO) da Critical Manufacturing, em entrevista à agência Lusa, adiantou que a previsão de faturação na Malásia “é de cerca de três milhões de euros em 2023, com perspetivas de crescimento de mais de 50% para 2024”.
“Estamos entusiasmados por anunciar a nossa nova subsidiária malaia, em Penang. Esta aquisição vai permitir posicionarmo-nos de uma forma única para servir o importante mercado de semicondutores e eletrónica na região de forma mais eficaz, graças aos anos de experiência no setor e aos colaboradores locais com conhecimento das nossas soluções”, afirmou Francisco Almada Lobo.
Em seguida, explicou que “a produção de produtos eletrónicos na Malásia é das mais importantes do país, representando quase 40% das suas exportações”.
“Em particular no subsetor de semicondutores, a Malásia é o terceiro maior exportador mundial”, destacou, salientando que, “só na região de Penang, são cerca de 350 as multinacionais com fábricas de semicondutores localmente instaladas e que constituem a principal indústria alvo dos produtos de ‘software’ da Critical Manufacturing”.
Com a expansão das operações para a Malásia, este será o quarto espaço da Critical Manufacturing na Ásia, depois de estar já presente em Suzhou e Shenzhen, na China, e em Hsinchu, no Taiwan.
A empresa maiata diz que esta expansão tem como objetivo “melhor servir os clientes desta geografia e acelerar o caminho para a digitalização das indústrias para as quais desenvolve o ‘software’ de MES ‘Manufacturing Execution System’”, inserindo-se a operação no “objetivo geral da empresa de expandir a sua presença internacional”.
“O MES continua a desempenhar um papel crítico nas indústrias de produção e esta aquisição vai abrir uma série de oportunidades para nós, juntando-a às nossas operações em Shenzhen, Suzhou e Hsinchu”, disse o CEO da Critical Manufacturing.
“O novo escritório em Penang vem fortalecer a presença estratégica da Critical Manufacturing, já que o número de clientes na região continua a crescer, ao mesmo tempo que a procura por soluções integradas e personalizáveis para sistemas de produção”, garantiu Francisco Almada Lobo.
Depois de ter ultrapassado os 45 milhões de euros em faturação no ano de 2022, a empresa maiata aponta para um crescimento em 30% para este ano, prevendo-se “para meados de 2023 um novo investimento, desta feita na América Latina”.
Para Portugal, a entidade quer contratar 200 pessoas até ao fim do ano nas áreas da engenharia, e já iniciou as obras para expansão do seu escritório na Maia, para criação de “novos espaços de cocriação e bem-estar”.