A Raríssimas, instituição que presta apoio e terapia a crianças com doenças mentais e raras, continua à procura de soluções para não encerrar a delegação do Norte, que está situada em Milheirós, na Maia.
No dia 16 de fevereiro, o JN avançou que a Raríssimas Maia estava em vias de encerrar a sua delegação por não conseguir proceder ao pagamento do salário de seis funcionários, três terapeutas, duas auxiliares e uma administrativa, no valor de cinco mil euros.
Na altura, o mesmo jornal salientou a delegação tinha “registado receitas abaixo do previsto, que não cobrem os custos de funcionamento, pelo que foi equacionado o seu encerramento”.
A informação sobre o possível fecho e sobre a necessidade de novos apoios foi feito apenas aos funcionários, sendo que os pais das crianças não obtiveram qualquer comunicação. Este encerramento deixaria 20 crianças com deficiências mentais e doenças raras sem qualquer tipo de acompanhamento.
Na edição desta quinta-feira, 2 de março, o JN citou Maria do Céu Ganhão, da Raríssimas, que informou que “ainda não foram encontradas soluções” que permitam a continuidade da delegação do Norte, mas que “estão a ser equacionadas e negociadas” outras formas de manter o projeto.
Maria do Céu Ganhão revelou ainda que a associação tem estado em “contacto permanente com a Câmara Municipal da Maia que tem-se mostrado disponível para ajudar”.
“O défice anual de custos da delegação do Norte é de, aproximadamente, 400 mil euros”, explicou Maria do Céu Ganhão, culpabilizando ainda o Estado que “deveria comparticipar as terapias dos doentes com necessidades especiais. Derivadas da complexidade da doença”.