O grupo Sogenave, responsável pela distribuição de produtos alimentares e não alimentares, estima obter em breve uma faturação entre os 250 e os 300 milhões de euros.
Depois de em 2022 ter tido uma faturação de 187 milhões de euros, a empresa tem como objetivo “continuar a crescer e alcançar uma ‘share’ [quota] de mercado ainda mais reforçada que transportará a organização para os 250 milhões de euros a 300 milhões de euros de faturação”, disse fonte oficial à Agência Lusa.
O aumento de faturação do ano passado, de 187 milhões, refletiu-se num subida de 37,5% em relação ao ano anterior. Ainda assim, o grupo Sogenave coloca as expectativas do próximo ano na ultrapassagem dos 200 milhões de euros em faturação, estimando que esses valores possam atingir os 250 ou 300 milhões de euros.
“Temos já a distribuição geográfica capilar que pretendíamos ter, as infraestruturas estabilizadas, mas o desafio da automação, digitalização, inteligência artificial aplicada aos diversos processos, a sustentabilidade e melhoria contínua são objetivos e ambições constantes das nossas equipas”, destacou a mesma fonte.
O grupo Sogenave, que completou este ano 50 anos, conta com várias plataformas e emprega mais de 400 trabalhadores. O grupo distribui “mais de 400 toneladas em média diariamente que perfaz no final de cada ano mais de 100 mil toneladas de produtos entregues porta a porta e em mais de 7.500 pontos distintos”, salienta.
Confrontados com a pandemia, a guerra e a consequente inflação, a empresa classificou este contexto de “muito desafiante”.
“Quando o país entrou em confinamento em 16 de março de 2020, já a Sogenave tinha criado um comité de crise formado pela administração e responsáveis dos principais departamentos, porque tal significou o fecho de grande parte da economia, com especial destaque para as escolas, restaurantes e hotéis”, indicou.
Quanto aos impactos da guerra, nomeadamente a inflação, o grupo disse que o aumento dos preços ainda era notório “tanto nos produtos alimentares como no custo da energia”.
“Acreditamos que lidámos bem com ambos os desafios e que estamos mais fortes após estes testes reais de stress à gestão da empresa. Muitas mudanças foram efetuadas, ajustamentos, tomada de medidas tanto pontuais como estruturais. Mas temos a sensação de que ficámos ainda mais resilientes e preparados para mais desafios. Temos de contar com eles. Gerir em contexto de estabilidade é bom, mas não podemos contar com estabilidade garantida. Os últimos anos provaram-nos isso”, concluiu.