O concurso que a CP tem em curso, de 819 milhões de euros, consiste na aquisição de 117 novos comboios sem acesso a passageiros de mobilidade reduzida.
Os novos comboios serão divididos em: 55 para os serviços regionais, 62 para os suburbanos de Lisboa e Porto e, deste concurso, faz parte a exigência de que as carruagens tenham degraus, alegadamente por causa das alturas diferentes das plataformas, o que dificultará o acesso a pessoas de mobilidade reduzida.
Neste sentido, a Associação Portuguesa de Deficientes (APD) avançou que vai questionar João Galamba, ministro das Infraestruturas, com conhecimento de Ana Sofia Antunes, secretária de Estado da Inclusão, “para obter esclarecimentos sobre as medidas que irão ser tomadas, na salvaguarda de acessibilidade às carruagens” porque “considera que qualquer alteração ou aquisição de equipamentos deve respeitar as normas técnicas de acessibilidade e convergir sempre, por forma a assegurar a circulação de todos os cidadãos, nomeadamente os que têm mobilidade condicionada”.
Para combater esta solução, a CP aconselha que as pessoas de mobilidade reduzida que necessitam de se deslocar para longas distâncias utilizem o serviço Alfa, com carruagens niveladas e casas de banho mais espaçosas. Apesar da solução apresentada, a técnica de acessibilidades da APD, Sandra Costa, sublinha o facto de as casas de banho não serem adaptadas e do Alfa não alcançar todas as cidades.