O Dr. Sanches Magalhães, médico do Instituto de Terapia Focal da Próstata (ITFP), destaca a importância duma segunda opinião, após o diagnóstico e recomendação de tratamento para o cancro da próstata localizado.
Muitos são os homens que precisam de uma segunda opinião quando são diagnosticados com cancro da próstata localizado. Grande parte fica com ansiedade perante o impacto que a cirurgia pode causar nas suas vidas e alguns sentem-se desconfortáveis com a Vigilância Ativa. Nesse sentido, procuram uma segunda opinião para explorar as opções de tratamento disponíveis, que preservem a sua saúde sexual, urinária e mental.
“Uma segunda opinião é de extrema importância no processo de diagnóstico e tratamento do cancro da próstata, pois permite que os pacientes explorem outras alternativas e se informem melhor sobre as opções disponíveis. É essencial garantir que os pacientes recebam o tratamento mais adequado às suas necessidades e condições específicas, abrindo portas a abordagens inovadoras e menos invasivas, tais como a terapia focal. A informação adicional e o aconselhamento especializado, oferecidos por um segundo especialista, podem fazer toda a diferença na vida dos pacientes”, enfatiza o Dr. Sanches Magalhães, do ITFP.
As experiências, preocupações, medos e, mais importante, os resultados da terapia focal, proporcionam uma visão profunda de como apoiar homens diagnosticados com cancro da próstata. Dessa forma, detetar esta doença numa fase precoce é essencial para um tratamento não invasivo, sendo importante para os homens realizarem o teste do PSA anualmente, a partir dos 50 anos, uma vez que, sendo o cancro da próstata assintomático e silencioso, a realização regular de testes pode permitir um despiste da doença.
“O teste do PSA é fundamental na detecção precoce do cancro da próstata, permitindo identificar alterações significativas e possibilitando intervenções em fases iniciais da doença, aumentando assim as probabilidades de sucesso no tratamento”, explica o Dr. Sanches Magalhães.
Se o PSA for de um aumento significativo, uma ressonância magnética prostática multiparamétrica (RMmp) fará com que o urologista possa verificar se o aumento se deve a cancro da próstata na glândula ou a outra causa, tal como uma possível inflamação, uma vez que as imagens mostrarão a localização e o tamanho exatos das áreas suspeitas na próstata, fornecendo um mapa preciso para o urologista utilizar, ao realizar uma biópsia, exame fundamental para determinar a forma ideal de tratamento.
Um mapa de diagnóstico que mostra a localização, tamanho e gravidade exata das lesões cancerígenas da próstata é a base para o tratamento do cancro da próstata ser realizado de forma direcionada, chamada terapia focal. As terapias focais são não invasivas, preservando a função sexual e urinária. A terapia focal remove o tecido cancerígeno mas mantém a glândula, assim como acontece com as mulheres com cancro da mama.
“A terapia focal para o cancro da próstata apresenta várias vantagens em comparação com as abordagens tradicionais, como a cirurgia e a radioterapia. Entre os benefícios, destacam-se a preservação da função sexual e urinária, o que significa um menor risco de impotência e incontinência, e um tempo de recuperação mais curto, permitindo aos pacientes retomar as suas atividades diárias rapidamente. Além disso, a terapia focal tem um impacto reduzido na qualidade de vida dos pacientes, proporcionando um tratamento eficaz e menos invasivo, o que se traduz em maior bem-estar e conforto durante todo o processo”, salienta o Dr. Sanches Magalhães.
O ITFP disponibiliza aos homens com cancro da próstata localizado, terapias focais direcionadas que combatem e eliminam os tumores, tais como o NanoKnife, uma técnica de tratamento médico que utiliza impulsos de corrente elétrica de alta intensidade para destruir células cancerígenas de forma precisa e minimamente invasiva. Esta abordagem permite tratar tumores localizados, preservando os tecidos saudáveis ao redor e reduzindo os efeitos colaterais comuns noutros tratamentos.