A SIC teve acesso à resposta de Frederico Pinheiro às mensagens de João Galamba e da sua chefe de gabinete, Eugénia Cabaço, em que o ex-adjunto afirma que a decisão de não divulgar as notas da reunião com a ex-CEO da TAP foi tomada em conjunto.
Na sexta-feira à noite, dia 28 de abril, foram divulgadas várias mensagens de Whatsapp enviadas por João Galamba e elementos do seu gabinete a Frederico Pinheiro, que foi exonerado por telefone e tentou recuperar o seu computador no Ministério, numa cena que alegadamente envolveu quatro agentes da PSP e uma intervenção do SIS.
A diferença horária entre envios e respostas deve-se ao facto de João Galamba estar em Singapura, numa visita de trabalho. Na resposta, Frederico Pinheiro afirma que as notas foram lidas em voz alta na reunião e que a decisão de não as divulgar foi tomada em conjunto, numa sala em que estavam presentes, entre outros, o ministro e a sua chefe de gabinete.
Nas mesmas mensagens, divulgadas pela SIC, Frederico Pinheiro defende que a posição deve ser revista, uma vez que o seu nome foi divulgado publicamente e existe uma possibilidade de ser chamado à Comissão Parlamentar de Inquérito. Se fosse chamado ao Parlamento, teria que referir que tem as notas. Conclui, afirmando que a decisão de não revelar a existência das notas deveria ser revista.
O ministro e o adjunto.
Cenas completas do episódio “Ameaças, mentiras e WhatsApp”
Fonte: https://t.co/LrCaTwoxEx pic.twitter.com/MIGkVBYGLw— Isabel Risques (@IRisques) April 29, 2023
Numa nota oficial emitida também na sexta-feira, o ministro João Galamba negou “qualquer acusação de que, por qualquer forma, tenha procurado condicionar ou omitir informação prestada à CPI da TAP”. No entanto, as mensagens trocadas por Whatsapp colocam essa posição em causa.