De acordo com declarações do presidente executivo da Sermec, à agência Lusa, a empresa líder do consórcio que está a construir o protótipo do comboio português, com sede em Folgosa, aguarda o financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para poder avançar com o projeto.
Segundo escreve a Executive Digest, embora já tenham sido concluídas as etapas burocráticas, o projeto encontra-se numa fase avançada de desenvolvimento e a falta de financiamento está a dificultar a capacidade financeira da empresa e de outras empresas portuguesas envolvidas no consórcio.
O projeto, iniciado em janeiro de 2022, já se encontra com 13% de execução e, neste momento, a conceção das três carruagens está praticamente completa.
Segundo Mário Duarte, presidente executivo da Sermec, as carruagens vão buscar inspiração à Sorefame, empresa sediada na Amadora que construía material ferroviário português no século XX. A ideia é fazer uma conceção e fabrico de uma caixa em aço inox, por ser resistente e trazer para Portugal um conceito de uma estrutura de grande resistência.
O objetivo é que o comboio atinja entre 200 e 220 km/h. O protótipo será concluído no final de 2025 e terá 85% do material feito em Portugal.
Além da Sermec, participam no consórcio outras empresas e instituições, como a CP – Comboios de Portugal, a AIMMAP, a Universidade do Porto, entre outras.
Ainda segundo as declarações reproduzidas pela Executive Digest, Mário Duarte antecipa que a empresa tenha que trabalhar por turnos para cumprir os prazos.