A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou esta sexta-feira, dia 5 de maio, o fim da emergência de saúde pública global da pandemia da Covid-19, mais de três anos após a sua declaração inicial.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a pandemia tem estado numa tendência de descida há mais de um ano, com a imunidade populacional a aumentar devido à vacinação e à infeção.
Apesar disso, Tedros Adhanom Ghebreyesus ressaltou que a perda do estatuto de emergência de saúde global da Covid-19 não significa que a doença deixe de ser uma ameaça. A OMS indica que é tempo dos países fazerem a transição do modo de emergência para a começarem a gerir a Covid-19 juntamente com outras doenças infeciosas, numa fase em que a doença já se está a tornar endémica.
Tedros Adhanom Ghebreyesus sustentou que a decisão não foi “precipitada” e foi baseada num estudo exaustivo de todos os dados disponíveis. A OMS destacou que o número de infetados será também muito superior ao oficialmente indicado e contabilizado, de 765 milhões de casos.
Em Portugal, a Covid-19 foi responsável por 26 mil mortes, com mais de 5,5 milhões de portugueses infetados, o que equivale a mais de metade da população do país, segundo os números oficiais. A OMS sublinha que a pandemia “expôs e exacerbou as linhas de divisão, dentro e entre nações”, além de ter exposto as “inequalidades gritantes no nosso mundo, com as comunidades mais pobres e vulneráveis a sofrerem o maior impacto”.
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“Yesterday, the Emergency Committee met for the 15th time and recommended to me that I declare an end to the public health emergency of international concern. I have accepted that advice”-@DrTedros #COVID19 pic.twitter.com/esKKKOb1TZ
— World Health Organization (WHO) (@WHO) May 5, 2023