O Governo português assumiu uma derrapagem de cerca de 500 milhões de euros nas obras do Metro do Porto e de Lisboa. O secretário de Estado da Mobilidade Urbana admitiu que os custos adicionais serão significativos, mas assegurou que serão devidamente cobertos.
Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, Jorge Delgado, secretário de Estado da Mobilidade Urbana, afirmou que os custos adicionais relacionam-se com despesas associadas ao início das obras e revisões de preços decorrentes da inflação excecional. Ele reconheceu que é comum que o valor final de qualquer obra pública seja ligeiramente superior ao inicialmente previsto.
O secretário de Estado ainda acrescentou que os custos adicionais serão cobertos pelo Plano de Recuperação e Resiliência, pela reprogramação do mesmo, pelo Orçamento do Estado ou pelo Fundo Ambiental. Essas fontes de financiamento serão utilizadas para mitigar a derrapagem financeira e garantir a conclusão das obras.
Além disso, Tiago Braga, presidente da Metro do Porto, revelou a 5 de maio que o custo das obras para a construção da linha Rubi do Metro do Porto aumentou cerca de 50%, chegando a 450 milhões de euros, em comparação com os 299 milhões inicialmente previstos.