O último relatório do Observador Cetelem Consumo Low-cost 2023 revela que a maioria dos portugueses está a ceder à pressão económica, optando por abdicar de viagens e lazer. Segundo o estudo, 63% dos inquiridos admitem ter renunciado a estas despesas, uma tendência que não é exclusiva de Portugal, pois 59% dos europeus partilham o mesmo comportamento.
Apesar deste cenário desfavorável, uma alternativa tem ganhado destaque: as viagens aéreas low-cost. Em Portugal, 55% dos consumidores preferem esta opção e 30% estão a dar-lhes mais preferência do que há um ano.
A oferta de serviços e produtos low-cost tem vindo a aumentar em resposta à crescente procura dos consumidores que visam proteger o seu poder de compra. Em Portugal, 51% dos inquiridos consideram que esta oferta está bem desenvolvida, embora este número seja inferior à média europeia (60%).
O setor das viagens aéreas low-cost é um dos que tem visto o maior crescimento, representando atualmente 45% do mercado global, um salto impressionante dos 5% que representava em 2001. O relatório indica que até os consumidores com rendimentos mais elevados estão a optar por estas opções, principalmente devido à perceção de uma garantia de satisfação e um preço justo.
Além das viagens aéreas, 45% dos consumidores portugueses optam por transportes terrestres low-cost e 52% preferem hospedagens a preços mais baixos. No entanto, em relação ao alojamento, a oferta low-cost ainda precisa de melhorar, pois 52% dos europeus acreditam que esta não está bem desenvolvida em seus países.
O estudo também revela que, no segmento das viagens aéreas, o preço supera a qualidade e a marca na escolha dos consumidores. Em Portugal, 59% dos inquiridos valorizam o preço, em comparação com 35% que dão primazia à qualidade. Apenas 6% consideram a marca como o principal critério de escolha.
Finalmente, entre as companhias aéreas low-cost, a Ryanair destaca-se como a marca que melhor simboliza o conceito, seguida pela Easyjet.