O desemprego em Portugal registou um aumento em julho de 2023, com o setor imobiliário a representar quase dois terços dos novos desempregados, segundo os dados revelados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Os números de julho de 2023 apontam para 284 330 desempregados registados em todo o país, um aumento de 2,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior e de 2,4% em relação ao mês anterior. Deste total, 63,8% correspondem a pedidos de emprego, traduzindo-se em 445 559 solicitações.
O setor imobiliário mostrou-se significativo neste contexto, pois 32,7% dos 245 864 desempregados inscritos como candidatos a novo emprego tinham trabalhado em “Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio”. Os setores Secundário e Agrícola representaram, respetivamente, 20,1% e 4,6% dos desempregados.
A nível regional, o desemprego aumentou em todas as regiões, exceto nos Açores e na Madeira, com a região Centro a registar o maior aumento homólogo (+8,7%). Já em relação ao mês anterior, a maior variação foi na região do Norte (+5,0%) e do Alentejo (+4,8%).
Em termos de ofertas de emprego, o final de julho de 2023 totalizou 16 561 ofertas em todo o país, uma diminuição de 22,7% em relação ao ano anterior, mas com um ligeiro aumento de 0,3% face ao mês anterior.
Durante o mês de julho, inscreveram-se 42 187 desempregados, um número superior tanto em relação ao mesmo mês de 2022 como ao mês anterior. As ofertas de emprego recebidas totalizaram 9 342, com maior expressão nas atividades imobiliárias e administrativas, correspondendo a 21,5% das ofertas.
As colocações realizadas durante julho totalizaram 6 476 em todo o país, um número inferior ao verificado no mesmo período do ano anterior e no mês anterior.