O PCP avançou com a proposta de um aumento do salário mínimo nacional para 910 euros em janeiro do próximo ano, com vista a atingir o valor de mil euros até ao final de 2024.
O maiato Alfredo Maia, deputado comunista, apresentou esta proposta em conferência de imprensa no parlamento. O deputado realçou que o salário mínimo atualmente abrange mais de um quarto dos trabalhadores por conta de outrem, e que pelo menos 10% destes trabalhadores estão a empobrecer mesmo estando empregados.
Na ocasião, Alfredo Maia demarcou-se da abordagem que o Governo poderá adotar em breve, com o intuito de estabilizar os efeitos do aumento das taxas de juro nos créditos à habitação. “O PCP entregou esta proposta para enfrentar as condições adversas que muitas famílias enfrentam devido ao aumento das taxas de juro e ao agravamento do custo de vida”, explicou.
Quando questionado sobre as recentes declarações do ministro das Finanças, Fernando Medina, sobre a intenção do Governo em criar um mecanismo de proteção para as famílias em relação às taxas de juro, Alfredo Maia acusou o Governo e o PS de terem uma abordagem assistencialista. O deputado também abordou propostas específicas do PCP para os créditos à habitação, incluindo uma moratória de dois anos nas amortizações e uma intervenção reguladora nas prestações.
Finalmente, o deputado levantou questões sobre o papel dos bancos, particularmente da Caixa Geral de Depósitos, em relação ao `spread´, salientando a necessidade de um maior compromisso destas instituições para moderar o aumento dos juros.