No cenário mais grandioso do futebol europeu, o extremo destacou-se. Quando tem espaço para jogar, Galeno é um caso sério.
Com habilidades acima da média que desestabilizam até as defesas mais experimentadas, o extremo tem sido uma arma vital no FC Porto. Desde o seu regresso vindo do SC Braga, o brasileiro tem feito a diferença. Na Liga dos Campeões, particularmente, Galeno parece elevar o seu jogo a outro nível, absorvendo a essência da competição. Mesmo quando enfrenta marcações cerradas, beneficia da abordagem mais ofensiva de muitos clubes, que não optam pelo sistema defensivo “bloco baixo”.
Utilizando a sua velocidade e técnica, frequentemente ultrapassa defensores com facilidade. Conceder-lhe um espaço de manobra pode ser fatal, como bem sabe o Barcelona, que se prepara para enfrentar os “dragões” na Champions.
Num recente embate em Hamburgo contra o Shakhtar Donetsk, uma equipa conhecida pelo seu estilo mais aberto, Galeno foi protagonista. Dominou os defensores ucranianos com uma performance de alto calibre, marcando dois golos e providenciando uma assistência primorosa para o golo de Taremi. Não foi a primeira vez que tal feito aconteceu, já que repetiu a proeza que realizou na temporada anterior contra o Famalicão.
O principal desafio de Galeno e do treinador Sérgio Conceição é a consistência. O próximo confronto na liga é contra o Gil Vicente em casa, um jogo que promete ser complicado. A equipa de Barcelos, com certeza, adotará uma estratégia mais cautelosa que a do Shakhtar no primeiro jogo da fase de grupos da Champions, que também conta com Barcelona e Antuérpia.
Na última temporada, Galeno alcançou o seu recorde pessoal com 15 golos. O luso-brasileiro, de 25 anos, ambiciona superar essa marca na atual época. Com três golos até o momento, incluindo dois ao Shakhtar e um de penálti contra o Rio Ave, Galeno está determinado a continuar a sua senda goleadora, começando já no jogo contra o Gil Vicente neste sábado à noite.
Além do desempenho desportivo, Galeno presentiou a competição com um gesto de fair play
Em plena corrida em direção à área adversária, ao notar a lesão do defensor que o marcava, Galeno não hesitou e atirou a bola para fora, mostrando um respeito ímpar pelo colega de profissão.
“Todos deviam ter essa consciência. Vi que o jogador se tinha lesionado e coloquei a bola fora. Podia ser eu”, comentou o avançado dos “dragões”. No final do confronto, a sua preocupação com o estado de saúde do adversário era evidente. “Espero que ele esteja bem e recupere bem”, acrescentou.