Num marco importante para a Área Metropolitana do Porto (AMP), o Conselho Metropolitano aprovou a criação da nova empresa metropolitana de transportes. A decisão, tomada por unanimidade dos municípios presentes, não contou com a participação dos autarcas da Maia, que faltaram à reunião.
Em declarações reproduzidas pela Lusa, o presidente da AMP e autarca de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, destacou a importância do passo dado, realçando a estabilidade financeira e técnica que a nova entidade proporcionará ao sistema de transportes da região. Este anúncio surge após um processo de cerca de um ano e meio, marcado por intensos debates e dúvidas.
A votação contou com a presença de 12 dos 17 municípios do Conselho Metropolitano. Os municípios ausentes foram Vila do Conde, Vale de Cambra, Maia, Paredes e Trofa. Segundo Eduardo Vítor Rodrigues, Vila do Conde e Vale de Cambra informaram o seu voto de aprovação, estando ausentes por compromissos institucionais. Ainda de acordo com a Lusa, não houve justificação pública relativa à ausência do município da Maia.
O processo aprovado nesta reunião seguirá agora para o Tribunal de Contas, estimando-se um período de cerca de quatro meses para a obtenção do necessário visto. Eduardo Vítor Rodrigues também sublinhou o papel crucial da empresa para acessar financiamentos futuros destinados à renovação de frotas e sistemas de bilhética.
Dentro do debate, o vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, evidenciou a unidade na busca por melhores serviços de transportes na metrópole, enquanto Joaquim Jorge, presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, expressou reservas quanto ao funcionamento da nova empresa.
O presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, e o autarca de Gondomar, Marco Martins, também intervieram, este último anunciando uma campanha informativa à população sobre a manutenção dos serviços de transporte atualmente prestados.