O Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou o Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio (EPCC), referente ao ano de 2021, destacando que apenas 31 dos 308 municípios do país, cerca de 10%, possuem um poder de compra acima da média nacional, com 15 desses municípios localizados nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. Os resultados apontam para uma concentração de menor poder aquisitivo em concelhos das sub-regiões do Alto Tâmega, Tâmega e Sousa e Douro.
Os dados estatísticos analisados pelo NOTÍCIAS MAIA, ajustados à população residente a 31 de dezembro de 2021, revelam que a grande maioria dos municípios, cerca de 90%, apresentava um poder de compra inferior à média nacional e cerca de 81% dos municípios tinham um poder de compra per capita inferior tanto à média nacional quanto à média regional. Alguns destes registaram valores 35% abaixo da média do país.
Na Área Metropolitana do Porto (AMP), cinco concelhos superaram a média nacional em 2021. O Porto liderou com 47,6% acima da média, seguido por Matosinhos, São João da Madeira, Maia e Vila Nova de Gaia. Por outro lado, Arouca e Paredes destacaram-se por apresentarem um poder de compra per capita abaixo da média nacional.
Análise dos dados para a Maia
Ainda de acordo com a análise do NOTÍCIAS MAIA, no ano de 2021, o poder de compra na Maia foi indexado em 108,68, o que representa uma ligeira descida em comparação com os anos de 2019 e 2017, onde os valores eram de 110,64 e 110,66, respetivamente. Esta variação sugere uma pequena contração no poder de compra dos residentes da Maia em relação à média do país nos últimos anos.
Olhando para o período mais longo, destaca-se que o ano de 2009 registrou o valor mais elevado do poder de compra na Maia, atingindo 119,14, o que denota uma situação económica particularmente favorável nesse ano em comparação com o resto do país.
Desde 2009, a tendência do poder de compra na Maia evidencia algumas oscilações, mas com uma inclinação geral para a estabilização, e em alguns momentos, uma leve tendência decrescente.
O ponto mais baixo foi observado em 2004, primeiro ano para o qual há registo deste indicador no INE, com um índice de 105,75, indicando que nesse ano o poder de compra dos maiatos estava muito próximo da média nacional.