A ANA vai aumentar as taxas aeroportuárias no Aeroporto Francisco Sá Carneiro em 11%.
A Ryanair anunciou esta terça-feira, dia 21 de novembro, que reduzirá significativamente a sua operação em Portugal, afetando as bases na Madeira, Faro e no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Maia, para o verão de 2024. Esta decisão surge em resposta ao aumento de taxas aeroportuárias, que a ANA, operadora dos aeroportos portugueses, prevê implementar em 2024, com subidas que variam entre 6% a 17% em diferentes aeroportos nacionais.
De acordo com a companhia irlandesa, o aumento das taxas, que será especialmente prejudicial para as regiões insulares como Madeira e Açores, já levou a Ryanair a encerrar a sua base em Ponta Delgada no inverno de 2023/2024, e agora prevê-se a redução de um dos dois aviões baseados na Madeira, além de cortes nos horários de Faro do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no próximo verão.
Ainda de acordo com a Ryanair, a ANA, detentora do monopólio aeroportuário em Portugal e propriedade da empresa francesa VINCI, tem aumentado continuamente as suas taxas, numa atitude criticada pela própria Ryanair e por outros setores do turismo. A empresa aérea apela ao governo português para intervir, sugerindo a reabertura da concessão para o novo Aeroporto do Montijo como forma de quebrar o monopólio da ANA e proteger o turismo e a economia local.
Michael O’Leary, CEO da Ryanair, expressou sua insatisfação no comunicado, afirmando que os aumentos de taxas são injustificados e prejudicarão o turismo e o emprego em Portugal, especialmente nas regiões insulares. O’Leary apelou à ANAC (Autoridade Nacional da Aviação Civil) para agir contra o que considera ser um abuso do poder monopolista da ANA, e defendeu a adoção de uma abordagem semelhante a outros grandes aeroportos europeus, que optaram por congelar ou reduzir taxas para estimular o tráfego aéreo e o turismo após a pandemia de Covid-19.