Um estudo recente realizado pela DECO PROTeste, analisando os tarifários de abastecimento de água, saneamento e tratamento de resíduos de junho de 2023, revelou diferenças significativas nos preços entre vários concelhos vizinhos da Maia, incluindo Trofa, Porto, Matosinhos, Valongo, Santo Tirso e Vila do Conde.
A DECO PROTeste levou a cabo uma análise detalhada dos tarifários de serviços de água em vigor, centrando-se nos custos para consumos de 10 e 15 metros cúbicos por mês. Os dados, analisados pelo NOTÍCIAS MAIA, foram obtidos diretamente das entidades gestoras, que também tiveram oportunidade de comentar e sugerir correções antes da divulgação dos resultados.
Por um consumo anual de 120 metros cúbicos, os maiatos pagam mais €96,30 do que os portuenses, mas menos €96,29 do que os trofenses. Trofa e Porto são, respetivamente, os municípios com a água mais cara e mais barata, para este volume anual de consumo. Já para um consumo anual de 180 metros cúbicos, os maiatos desembolsam mais €126,03 do que os portuenses, mas menos €90,42 do que os trofenses. Os dois concelhos são, novamente, aqueles em que a fatura da água é cara e mais barata, para este outro volume anual de consumo.
No concelho da Maia, os totais anuais sem IVA para 120m³ e 180m³ de água são, respetivamente, 370,96 € e 516,91 €. Estes valores incluem custos de abastecimento, saneamento e tratamento de resíduos sólidos.
Comparativamente, a Trofa apresenta um custo significativamente mais elevado, com totais de 467,25 € e 607,33 € para os mesmos volumes de água. Já no Porto, os valores são consideravelmente mais baixos, com totais de 274,66 € e 390,88 €.
Em Matosinhos, os custos totais são de 313,27 € e 424,73 €, enquanto em Valongo estes ascendem a 432,04 € e 603,61 €. Santo Tirso e Vila do Conde apresentam totais de 442,41 € e 359,62 € para 120m³, e 586,27 € e 540,89 € para 180m³, respetivamente.
Valor das faturas na Maia e nos municípios vizinhos
Para o consumo de 120 metros cúbicos anuais, a ordem dos municípios do mais caro para o mais barato, coloca em primeiro lugar a Trofa com 467,25 €, seguida por Santo Tirso com 442,41 €, Valongo com 432,04 €, Maia com 370,96 €, Vila do Conde com 359,62 €, Matosinhos com 313,27 €, e finalmente o Porto com o valor mais baixo de 274,66 €.
No que diz respeito ao consumo de 180 metros cúbicos anuais, a ordem do mais caro para o mais barato coloca novamente em primeiro lugar a Trofa com 607,33 €, seguida de Valongo com 603,61 €, Santo Tirso com 586,27 €, Vila do Conde com 540,89 €, Maia com 516,91 €, Matosinhos com 424,73 €, e novamente o Porto como o mais económico com 390,88 €.
Fatura da água varia 376 euros entre o concelho mais caro e o mais barato
No topo das regiões com as faturas mais caras para os três serviços (abastecimento, saneamento e resíduos), Amarante e Fundão destacam-se, para 120 metros e 180 metros cúbicos, respetivamente.
De acordo com os mesmos dados, as disparidades de preços na fatura global entre os concelhos com os tarifários mais caros e mais baratos ultrapassam os 376 euros, a nível nacional. Isto para um consumo anual de água de 120 mil litros (ou 120 m3), ou seja, uma média de 10 mil litros por mês. Os municípios com a fatura mais cara são Amarante (€470,13), Oliveira de Azeméis (€468,68), Trofa (€467,25), Baião (€453,32) e Celorico de Basto (€451,10).
Já no caso das famílias com um consumo mais elevado, na ordem dos 180 mil litros por ano (180 m3), o estudo mostra que a diferença entre os concelhos com o preço da água mais e menos elevado do país dispara para 625,73 euros. Aqui, as fatura mais elevadas surgem no Fundão (€751,64), Oliveira de Azeméis (€684,10), Santa Maria da Feira (€682,82), Celorico de Basto (€668,91) e Covilhã (666,00),
1 comentário
Pois, estamos a falar da água, mas não se fala do lixo. A Maia deve ser o município que mais cobra pela recolha do lixo, na ânsia de apresentar bons resultados que não revertem a favor dos munícipes. Desde que se faz a recolha seletiva do lixo de porta a porta, eu passei a pagar o dobro da tarifa sem aumentar a quantidade de lixo produzida. O sistema de quanto mais se recolhe, mais se paga, é um embuste, porque leva a que se incentive à acumulação do lixo na residência de cada um, só para evitar ser recolhido, com as consequências nefastas na saúde pública, sobretudo no verão, com a acumulação de moscas e mosquitos. No inverno, com a queda da folha, não há recolha da acumulação de folhas nas ruas por parte da CM Maia, obrigando os residentes a efetuar esse serviço e a encher os contentores de lixo com maior frequência e consequente agravamento da tarifa do lixo. Isto é um absurdo e uma injustiça que deve ter a atenção da Câmara e deve ser reparada.