Apesar do aumento de 60 euros em 2024, Portugal fica atrás da Polónia no ranking de salários mínimos na União Europeia.
O aumento do salário mínimo nacional para 820 euros brutos em 2024 não foi suficiente para manter Portugal à frente da Polónia no ranking europeu de salários mínimos. De acordo com os recentes dados do Eurostat, Portugal desceu para a 11.ª posição entre os 22 Estados-membros da União Europeia que têm um salário mínimo nacional estabelecido.
Apesar do incremento de 60 euros em relação ao ano anterior, Portugal não conseguiu manter a sua posição relativamente aos seus pares europeus. O salário mínimo na Polónia atingiu 977,53 euros em 2024 (equivalente a 837,88 euros em 14 meses), superando o valor nacional.
O Luxemburgo mantém-se no topo da lista com o salário mínimo mais elevado da UE, fixando-se em 2.571 euros (ou 2.203,65 euros em 14 meses). A Irlanda e os Países Baixos seguem-se com salários mínimos de 2.146,30 euros e 2.070,12 euros, respetivamente.
No extremo oposto, a Bulgária apresenta o salário mínimo mais baixo da União, com 477 euros (ou 409 euros em 14 meses), sendo os valores dos países não euro convertidos com base na taxa de câmbio de 1 de janeiro de 2024.
A Roménia registou a taxa de crescimento anual média mais elevada (13,3%), seguida pela Lituânia (12,3%) e Bulgária (10,6%). Por outro lado, as taxas de crescimento mais modestas foram observadas em França (2%), Malta (2,6%), Bélgica e Grécia (ambas com 2,9%) e Luxemburgo (3%).
Poder de compra do salário mínimo Português é apenas o 14º do ranking, atrás da Roménia e da Lituânia.
Ainda de acordo com os dados divulgados pelo Eurostat, a Alemanha destaca-se como o país onde o salário mínimo oferece o maior poder de compra na União Europeia. Portugal situa-se apenas no 14.º lugar nesta tabela, atrás de países como a Polónia, a Roménia e a Lituânia.
Os salários mínimos com um valor superior a 1.250 euros, ajustados pela paridade de poder de compra, incluem os da Alemanha, Luxemburgo, Holanda, Bélgica, França, Irlanda, Polónia, Eslovénia e Espanha.
No segmento intermediário, com salários mínimos entre 1.000 e 1.250 euros em paridade de poder de compra, encontram-se a Lituânia, Croácia, Roménia, Chipre, Portugal, Grécia, Malta e Hungria.
Por fim, no grupo com menor poder de compra do salário mínimo, situam-se a República Checa, a Eslováquia, a Estónia, a Letónia e a Bulgária.