A conta oficial do partido Chega no Facebook foi restringida por um período de dez anos, decisão que o líder do partido, André Ventura, classifica como “censura política”. O caso será apresentado no Parlamento e contestado em tribunal.
A conta do Chega no Facebook enfrenta uma restrição de 10 anos, conforme reportagens do Correio da Manhã e do Observador. A Meta, empresa que gere o Facebook, enviou uma notificação ao partido informando que a conta violou os padrões da comunidade e, como consequência, ficará impedida de realizar publicações, partilhar vídeos ou imagens e fazer transmissões ao vivo até 2033.
Segundo André Ventura, esta medida é um ato de “censura política”. O líder do Chega afirmou que o partido já reportou a situação à plataforma, mas que também levará o assunto às instâncias políticas e judiciais superiores. “Não há justificação além de censura política. Isto é, sem dúvida, uma violação da liberdade de expressão conferida a um partido político”, declarou Ventura ao Observador.
Em comunicado, o Chega expressou que a decisão da Meta é “absolutamente incompreensível e uma perseguição sem precedentes a um partido político em Portugal”. O partido enfatiza que esta não é a primeira vez que a plataforma tenta limitar sua liberdade de expressão, mas considera que desta vez a ação foi demasiado restritiva.
A controvérsia surge após a publicação de um vídeo onde Ventura critica a alegada “impunidade” da comunidade cigana em Portugal, vídeo esse que foi destacado pelas autoridades do Facebook como um dos motivos para a restrição. Além disso, a conta pessoal de Ventura também sofreu restrições desde dezembro, limitando ainda mais a capacidade do partido e do seu líder de comunicarem pela plataforma.