Na sua candidatura à presidência do Futebol Clube do Porto, André Villas-Boas pondera manter o projeto da academia do clube na Maia, caso seja eleito.
André Villas-Boas, numa entrevista concedida à SIC na passada segunda-feira, dia 22 de abril, manifestou a possibilidade de a academia do Futebol Clube do Porto continuar sediada na Maia, enquanto sublinha a necessidade de uma análise detalhada dos contratos para garantir decisões bem fundamentadas que evitem atrasos no desenvolvimento das infraestruturas do clube. “Olharei para os contratos da Maia e estabelecerei a melhor decisão para o FC Porto”, declarou Villas-Boas.
Durante a entrevista, Villas-Boas também criticou a atual liderança do clube, acusando o presidente Pinto da Costa de estar “refém” de João Koelher, potencial vice-presidente pela lista do atual presidente. Criticou ainda estratégias de financiamento que poderiam impor encargos financeiros excessivos ao clube.
O candidato expressou igualmente reservas sobre a continuidade de Fernando Madureira como presidente dos Super Dragões e mencionou a intenção de envolver o clube como assistente nos processos judiciais relacionados com incidentes na assembleia geral e questões de bilhética.
Relativamente ao acordo com a Ithaka, que resultou num pagamento de 65 milhões de euros ao clube por direitos comerciais num período de 25 anos, Villas-Boas considerou o valor do contrato subestimado face ao potencial real, referindo que “os direitos comerciais valem muito mais”.
Villas-Boas reiterou ainda o seu compromisso de trabalhar com todos os empresários e abordou a possibilidade de negociar com Sérgio Conceição sobre a sua continuação no clube. Em alternativa, considera procurar no mercado caso o atual treinador decida não continuar.