O parlamento britânico aprovou, após um longo processo legislativo, a nova lei de imigração que permitirá a deportação de migrantes ilegais para o Ruanda. Este controverso plano visa combater as travessias ilegais do Canal da Mancha.
Na terça-feira, dia 23 de abril, o parlamento do Reino Unido finalizou a aprovação da nova lei de imigração que estabelece a deportação de migrantes ilegais para o Ruanda. Este acordo, que implica um investimento inicial de 280 milhões de euros, prevê que o Ruanda receba os migrantes e processe os seus pedidos de asilo.
Caso os pedidos sejam aprovados, os migrantes poderão permanecer no Ruanda; se negados, estes terão de procurar refúgio noutro país, estando impedidos de regressar ao Reino Unido. Este plano surge como resposta às crescentes travessias ilegais do Canal da Mancha, consideradas uma questão crítica pelo governo britânico.
A Organização das Nações Unidas apelou ao Reino Unido para reconsiderar esta medida, destacando preocupações com os direitos humanos e a segurança dos migrantes. Apesar da resistência e do debate acalorado, tanto no cenário político como no social, o governo britânico mantém a posição de que este é um passo necessário para controlar a imigração ilegal e desincentivar as perigosas travessias do canal.
O financiamento acordado entre os dois países alcançará até 430 milhões de euros nos próximos cinco anos, segundo projeções do Gabinete para a Auditoria Nacional do Reino Unido. Esta medida já está a afetar os migrantes presentes no território britânico, muitos dos quais começaram a receber notificações de deportação.
O primeiro-ministro britânico assegurou que todas as preparações estão prontas para a implementação da lei a partir de julho, com a logística de transporte já organizada, incluindo aeroportos preparados e aviões reservados para o efeito.