Um estudo realizado pela associação ambientalista ZERO identificou Maia, Seixal e Oeiras como os municípios portugueses que mais se destacam na recolha de óleos alimentares usados, com taxas de recolha superiores na comparação nacional.
Um levantamento feito pela associação ZERO sobre a recolha de óleos alimentares usados (OAU) nos municípios portugueses com mais de 100 mil habitantes revelou dados significativos sobre a eficácia das políticas de reciclagem em diferentes regiões. A pesquisa, realizada em 2022, destacou a Maia, Seixal e Oeiras como líderes na recolha desses resíduos, fundamentais para a proteção ambiental e a produção de biodiesel.
Segundo o estudo, a Maia registou a taxa mais alta de recolha, alcançando 0,29 litros por habitante por ano. O Seixal e Oeiras seguiram com taxas de 0,22 e 0,21 litros, respectivamente, mostrando um esforço para ultrapassar a média nacional de 0,11 litros. Matosinhos e Amadora também foram destacados pelo bom desempenho, com taxas de 0,19 e 0,18 litros.
O estudo apontou ainda que a eficácia na recolha está muitas vezes relacionada à densidade da rede de oleões disponíveis para a população e à implementação de sistemas alternativos, como a recolha porta-a-porta.
Contudo, a ZERO também alertou para os desafios enfrentados, como o roubo e vandalismo dos oleões, que não só comprometem a quantidade recolhida como podem provocar contaminações. A associação sublinhou a importância de uma recolha eficaz para evitar a descarga de OAU nas redes de esgotos e corpos hídricos, onde podem causar danos significativos, como a poluição de cerca de um milhão de litros de água por cada litro de óleo despejado.
Além dos benefícios ambientais diretos, a recolha seletiva de óleos alimentares usados contribui para a produção de biodiesel, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa e combatendo as alterações climáticas.