Uma rara aparição de uma aurora boreal pintou os céus vistos a partir de Portugal. O pico do fenómeno ocorreu na sexta-feira, dia 10 de maio.
Como ocorre o fenómeno?
A origem deste fenómeno deslumbrante reside numa tempestade eletromagnética de elevada intensidade. O sol, que exibe um ciclo de atividade de 11 anos marcado por picos e vales, encontra-se atualmente num desses picos. Este ciclo resulta em explosões solares que lançam enormes quantidades de matéria para o espaço. Quando estas partículas energéticas colidem com a Terra, desencadeiam as auroras, visíveis principalmente nas regiões polares devido à convergência das linhas do campo magnético terrestre.
As cores variadas das auroras, que incluem o verde para o oxigênio e tons de roxo, azul ou rosa para o nitrogênio, são fruto da interação destas partículas com diferentes gases na atmosfera. As auroras são mais visíveis entre setembro e abril, quando a escuridão é suficiente para que os seus tons vibrantes se destaquem contra o céu noturno.
Os períodos de maior visibilidade das auroras coincidem muitas vezes com os equinócios, onde as condições de interação entre o campo magnético da Terra e o vento solar são mais propícias. Estas manifestações luminosas, apesar de belas, são também indicativos da poderosa influência solar, capaz de perturbar satélites, comunicações e redes de energia na Terra devido às tempestades geomagnéticas que as acompanham. As tempestades solares são classificadas pela NOAA numa escala de G1 a G5, com G5 representando as mais severas, capazes de causar apagões de rádio e outros impactos tecnológicos significativos.
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