Enquanto a Academia do FC Porto avança na Maia, o presidente André Villas-Boas continua a explorar a possibilidade de estabelecer um Centro de Alto Rendimento (CAR) em Vila Nova de Gaia, mantendo viva a sua visão para o clube.
O novo presidente do FC Porto, André Villas-Boas, mantém firme o seu compromisso de desenvolver um Centro de Alto Rendimento, apesar dos trabalhos já iniciados para a nova Academia do clube na Maia. Segundo informações do jornal O Jogo, Villas-Boas participou em reuniões na última quinta-feira que discutiram a viabilidade deste novo empreendimento em Vila Nova de Gaia.
A decisão final da direção azul e branca sobre o CAR será tomada após o departamento jurídico concluir a análise dos compromissos assumidos pela administração anterior durante a campanha eleitoral. No entanto, Villas-Boas tem a seu favor o auto de arrematação da hasta pública, que determina que a assinatura do contrato de venda dos terrenos seja posterior à tomada de posse da SAD, marcada para 28 de maio. Um acordo prévio com André Amorim, proprietário dos terrenos destinados ao projeto, também suporta as intenções do presidente.
De acordo com a mesma fonte, embora a Academia do FC Porto na Maia esteja em progresso, a possibilidade de ajustar o projeto, com autorização da Câmara Municipal, conforme estipula o Programa de Procedimento da hasta pública, ainda está em aberto. André Villas-Boas não descarta esta opção, mantendo todas as possibilidades em aberto para reforçar a infraestrutura desportiva do clube.
Ainda de acordo com o jornal O Jogo, a administração do FC Porto, liderada por Pinto da Costa, já realizou o pagamento de 510 mil euros, correspondente à segunda parcela para a aquisição dos 18 lotes situados na freguesia de Nogueira e Silva Escura.
A Câmara Municipal da Maia, responsável pela venda, tem agora um prazo de até 90 dias para oficializar a escritura, devendo notificar o clube com uma antecedência mínima de 20 dias. Na data marcada para a assinatura, o FC Porto deverá liquidar o valor remanescente de 2,21 milhões de euros, completando assim o montante total de 3,4 milhões de euros inicialmente proposto.
A decisão de avançar com o pagamento foi tomada pouco antes da transição administrativa na SAD do FC Porto, com André Villas-Boas previsto para assumir o comando a partir de 28 de maio. A ação da administração cessante assegura que o clube não incorre no risco de perder o montante já investido. Este documento também prevê que a não presença do clube na data agendada para a escritura, sem motivo justificado, resultaria na perda de todas as quantias já pagas.
Segundo o Programa de Procedimento, o clube tem ainda a possibilidade de ceder a sua posição contratual, desde que obtenha a autorização expressa do município e garanta que o novo pretendente esteja habilitado para assumir todos os direitos e obrigações do acordo.