A Câmara da Maia aprovou a declaração de utilidade pública que permitirá a aquisição e expropriação de terrenos para a construção do Corredor Verde do Leça, um projeto ambiental avaliado em 10 milhões de euros.
A Câmara Municipal da Maia anunciou, esta quarta-feira dia 19 de junho, a aprovação da declaração de utilidade pública, que permitirá a compra e expropriação de terrenos necessários para a construção do Corredor Verde do Leça. Este projeto, estimado em 10 milhões de euros, visa a valorização paisagística do rio Leça e das suas margens, e inclui a criação de percursos pedestres e cicláveis, além da construção de novas pontes para peões e bicicletas.
De acordo com o jornal Observador, durante um encontro com jornalistas, o presidente da Câmara da Maia, António Silva Tiago, apelou ao Governo para que “assuma aquilo que o anterior Governo assumiu” e avance com a abertura de linhas de financiamento através de fundos comunitários. Silva Tiago sublinhou a importância deste apoio para a concretização do projeto, que terá um custo total de cerca de 10 milhões de euros no que diz respeito à parte da Maia.
O Corredor Verde do Leça é um projeto conjunto dos municípios de Matosinhos, Valongo, Maia e Santo Tirso, constituídos na Associação de Municípios Corredor do Rio Leça, a primeira associação intermunicipal do país dedicada à recuperação de um rio. O projeto inclui a limpeza e desassoreamento do rio, bem como a recuperação das suas margens e leito, com o objetivo de revitalizar o ecossistema local.
Com a declaração de utilidade pública, que possui caráter de urgência, a autarquia da Maia pode avançar com a primeira fase da construção do corredor, abrangendo a área desde a Travagem (Ermesinde) ao Alvura. A segunda fase, prevista para mais tarde, estender-se-á de Alvura até à Ponte da Pedra.
Silva Tiago destacou que a limpeza do rio e das suas margens já foi iniciada e deve ser concluída ainda este ano, com um custo total de quatro milhões de euros, financiados por fundos europeus. O autarca estima que a recuperação completa das margens e do leito do Leça na área da Maia custará cerca de um milhão de euros por quilómetro, além do custo de aquisição dos moinhos ao longo das margens.
O presidente da Câmara da Maia expressou esperança de que a parte do projeto referente ao concelho possa ser lançada já em 2025, com a previsão de estar concluída em três a quatro anos.
António Silva Tiago anunciou ainda a visita da ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, para o início de julho, apelando ao Governo para que dê continuidade aos compromissos assumidos pelo anterior ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro. “Agora é preciso apresentar o projeto e que quem hoje governa assuma aquilo que já tinha sido assumido”, afirmou.