O governo anunciou que os produtores de vinho em Portugal poderão enviar o excedente de vinho para destilação a um preço de 42 cêntimos por litro, com o Douro a receber um valor majorado de 75 cêntimos devido aos seus custos de produção mais elevados.
Portugal vai pagar 42 cêntimos por litro para retirar vinho a mais do mercado, segundo avança o Dinheiro Vivo. O governo estabeleceu este valor para os produtores nacionais que desejem minimizar os excedentes e criar espaço nas adegas para a próxima vindima. No Douro, a destilação será paga a 75 cêntimos por litro, uma valorização de 33 cêntimos devido aos elevados custos de produção na região. Esta decisão visa retirar até 35,7 milhões de litros de vinho do mercado, com 10,7 milhões de litros provenientes do Douro e os restantes 25 milhões de outras regiões do país.
Dos 15 milhões de euros atribuídos pela União Europeia para esta destilação de crise, 30% serão destinados ao Douro. A região receberá ainda um adicional de 3,5 milhões de euros do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), para pagar a destilação a 75 cêntimos por litro. De acordo com o Dinheiro Vivo, a Federação Nacional das Adegas Cooperativas de Portugal (Fenadegas) lamenta que outras regiões de montanha, como o Dão, Trás-os-Montes e Távora-Varosa, não recebam a mesma majoração, sugerindo que um milhão de euros seria suficiente para a estender às outras regiões de montanha.
Bruxelas permitiu que os 15 milhões de euros fossem complementados com fundos nacionais até 200%, mas o governo usou apenas 3,5 milhões de euros dos saldos do IVDP. Assim, dos 15 milhões, 30% são destinados ao Douro, permitindo escoar até 35,7 milhões de litros de vinho, sendo 10,7 milhões no Douro.
Portugal tem importado 300 milhões de litros de vinho por ano desde 2019. Quem importou vinho nas últimas três campanhas não poderá submeter excedentes à destilação. Ainda de acordo com o Dinheiro Vivo, as candidaturas para o regime de apoio à destilação de vinhos tintos a granel, com denominação de origem (DOP) ou indicação geográfica protegida (IGP), arrancam esta terça-feira, dia 6 de agosto, e terminam às 17 horas de 16 de agosto. Cada produtor só poderá candidatar até 30% do volume total de vinhos certificados na campanha de 2023/2024.
1 comentário
agora a serio, pergunta para aleijados mentais: nao podem baixar os preços? eu tenho que pagar para terem preços altos?é para isto que me roubam em impostos? nao há 1 parasita dos 230 que se esforce? garotalhos