A Direção-Geral da Saúde (DGS) emitiu esta segunda-feira, dia 16 de setembro, recomendações sobre o que fazer em caso de inalação de fumo, face ao elevado número de incêndios rurais no centro do país. A entidade sublinha a importância de evitar a exposição ao fumo, mantendo portas e janelas fechadas e alerta para sinais de alarme como dificuldades respiratórias.
Com o aumento dos incêndios rurais e as nuvens de fumo que cobrem várias zonas do centro do país, a Direção-Geral da Saúde (DGS) emitiu um conjunto de recomendações para prevenir os efeitos nocivos da inalação de fumos. A autoridade de saúde avisa que os fumos e substâncias químicas irritantes libertados pelos incêndios podem causar danos nas vias respiratórias, e o calor pode provocar queimaduras.
De acordo com a DGS, os principais riscos incluem queimaduras e irritação ou toxicidade pelas substâncias químicas presentes no fumo. Por isso, a recomendação principal é evitar a exposição ao fumo sempre que possível, permanecendo dentro de casa com portas e janelas fechadas. A DGS sugere também a utilização de ar condicionado no modo de recirculação de ar, se disponível.
Além disso, a DGS aconselha:
– Evitar a utilização de fontes de combustão dentro de casa, como aparelhos a gás ou lenha, e também evitar o tabaco, velas ou incenso;
– Evitar atividades no exterior, e, caso seja inevitável, usar máscara do tipo N95;
– Manter a medicação habitual, especialmente para pessoas com doenças respiratórias como asma ou doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC);
– Manter-se informado, hidratado e num ambiente fresco.
Em situações de inalação de fumo, é recomendado retirar a pessoa do local e garantir que não respira mais fumo. A DGS alerta para sinais de alarme, como queimaduras faciais, dificuldade em respirar e alterações no estado de consciência, que requerem atenção imediata.
Em caso de emergência, as pessoas são aconselhadas a ligar para o SNS24 (808 24 24 24) ou para o número de emergência 112. A DGS também desmentiu o mito de que beber leite é eficaz em casos de intoxicação por fumo, esclarecendo que “o leite não é um antídoto para o monóxido de carbono”.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê um agravamento do risco de incêndios nos próximos dias devido às condições meteorológicas adversas, como vento forte e temperaturas elevadas.