A PSP registou mais de 31 mil acidentes com fuga nos últimos três anos, uma situação que a polícia classifica como preocupante. O excesso de velocidade e o uso do telemóvel são apontados como principais causas dos desastres, muitos dos quais resultam em vítimas mortais.
Nos últimos três anos, a Polícia de Segurança Pública (PSP) registou mais de 31 mil acidentes em que os condutores abandonaram o local sem prestar auxílio, o que representa cerca de 20% dos casos, segundo dados divulgados esta semana. Em declarações à SIC, a Comissária Patrícia Firmino da PSP afirmou que “é um número preocupante”, especialmente em acidentes que envolvem feridos ou vítimas mortais.
Os dados mostram que, entre 2022 e 31 de agosto de 2023, ocorreram 151.647 acidentes, dos quais 31.166 incluíram fuga do condutor. Destes, 8.427 registaram-se apenas este ano, correspondendo a 22% dos acidentes com vítimas. A PSP sublinha que o comportamento de fuga após um acidente, sobretudo em situações com vítimas graves ou fatais, agrava ainda mais a situação.
As principais causas dos acidentes são a colisão entre viaturas, com destaque para o excesso de velocidade e o uso indevido do telemóvel durante a condução. Além disso, a condução sob o efeito de álcool ou sem habilitação legal tem contribuído significativamente para o número de acidentes rodoviários, explicou Patrícia Firmino.
Em termos de vítimas mortais, os últimos três anos registaram 193 mortes, um aumento que, segundo a PSP, também “preocupa”. A comissária confirmou que, de 2022 para 2023, houve um aumento de vítimas mortais, e os números deste ano continuam a seguir a média anterior, embora ainda sejam provisórios.