O Parlamento aprovou esta quinta-feira o fim do corte de 5% nos salários dos titulares de cargos políticos e gestores públicos, medida que entrará em vigor em janeiro de 2025. A proposta, apresentada pelo PSD, foi apoiada pelo PS e contestada por partidos como Chega, IL, BE e Livre.
O fim do corte salarial de 5% aplicado desde a crise financeira aos vencimentos de políticos e gestores públicos foi aprovado esta quinta-feira dia 28 de novembro, no Parlamento, no âmbito das votações para o Orçamento do Estado para 2025. A medida prevê a reposição integral dos salários a partir de janeiro, abrangendo titulares de cargos políticos e gestores públicos, incluindo os do setor público local e regional.
A proposta, apresentada pelo PSD, justificava a reposição como uma questão de “justiça” na situação remuneratória destes profissionais. O PS deu luz verde à medida, enquanto o Chega, IL, Bloco de Esquerda e Livre votaram contra, e o PCP optou pela abstenção. O Chega já anunciou que os seus deputados vão prescindir da reposição salarial.
O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, estimou que esta alteração terá um custo anual de cerca de 20 milhões de euros. Apesar das críticas de alguns partidos, a proposta foi aprovada com o argumento de que esta reposição coloca fim a uma medida que tinha sido implementada em tempos de austeridade.