Os filhos de Pinto da Costa exigem ao FC Porto o pagamento de royalties para permitir que o nome do ex-presidente fique associado ao museu do clube. A revelação surge num momento em que a nova administração liderada por André Villas-Boas enfrenta o impacto da auditoria forense, que aponta prejuízos de 59 milhões de euros na gestão anterior.
Segundo avançou o Correio da Manhã, Alexandre e Joana, filhos de Pinto da Costa, estão a exigir uma compensação financeira contínua pelo uso do nome do pai no Museu do FC Porto. A atual direção, liderada por André Villas-Boas, tem mantido conversações com a família do ex-presidente, mas o processo ainda não está fechado.
Durante a última Assembleia Geral do clube, Villas-Boas foi questionado sobre a possível remuneração à família do antigo dirigente e confirmou que “estão a ser trocadas minutas com a família de Pinto da Costa” e que o FC Porto pretende contar com o espólio do ex-presidente, desde que se chegue a um entendimento.
A auditoria forense recentemente divulgada revelou que a SAD portista registou um prejuízo de 59 milhões de euros entre as épocas 2014/15 e 2023/24, devido a irregularidades relacionadas com bilhética, transferências de jogadores e despesas de representação. Um dos pontos mais polémicos inclui a compra de joias e relógios no valor de 70 mil euros, entre outras despesas que totalizaram quatro milhões de euros.
Apesar da gravidade dos factos revelados, Villas-Boas garantiu que o objetivo da auditoria não é uma “caça às bruxas”, mas sim “um virar de página” para o clube. O FC Porto já anunciou que os documentos serão enviados ao Ministério Público para investigação.