Um homem de 23 anos atirou-se do sétimo andar de um prédio, para fugir à PSP, que o abordava por suspeitas de violência doméstica. A vítima, sua namorada, está hospitalizada com ferimentos graves. O agressor terá um histórico de abusos noutras relações.
Um homem de 23 anos encontra-se internado no Hospital de São João, no Porto, com prognóstico reservado, depois de se ter atirado do sétimo andar de um prédio, na Maia, para fugir à intervenção da Polícia de Segurança Pública (PSP). A ação policial terá sido desencadeada após uma denúncia por violência doméstica feita pela mãe da namorada do suspeito, junto das autoridades de Sintra.
Segundo avançado pelo Jornal de Notícias, o casal conheceu-se há cerca de cinco anos na Anadia e, sem profissão conhecida, viveu em vários quartos arrendados em Coimbra, Guarda e Maia, abandonando sucessivamente os locais sem pagamento de renda.
A denúncia levou a PSP a deslocar uma equipa especializada ao apartamento onde residiam, na Rua de Simão Bolívar, no centro da cidade da Maia. Ainda de acordo com o Jornal de Notícias, foi o próprio suspeito quem abriu a porta, sem desconfiar da operação. Contudo, ao perceber que os agentes queriam falar em privado com a namorada, correu para a janela da sala e lançou-se do sétimo andar.
O homem terá caído sobre o telhado de um imóvel contíguo, cuja altura inferior e o material amorteceram parcialmente o impacto. Foi assistido no local e transportado para o Hospital de São João, onde foi sujeito a duas intervenções cirúrgicas.
A vítima, de 25 anos, também foi conduzida ao hospital devido à gravidade dos ferimentos. Segundo a PSP, apresentava hematomas em todo o corpo e dificuldades em abrir os olhos. Ainda assim, conseguiu prestar declarações, nas quais revelou que as agressões começaram no início da relação e que era mantida fechada no quarto.
Novamente de acordo com o Jornal de Notícias, os moradores do prédio relataram aos agentes que ouviam gritos frequentes, mas julgavam tratar-se de práticas sexuais. A investigação revelou ainda que a mulher já tinha sido vítima de violência doméstica noutras relações e desejava manter o relacionamento com o agressor.