Uma notícia espacial: a probabilidade da estação Tiangong-1 se despenhar entre o Porto e o Minho chega aos 3% e a Maia não está excluída. No entanto, é altamente improvável que alguma das peças da estação espacial chinesa acabe por lhe estragar a Páscoa.
A queda desta estação espacial é mais inquietante do que a queda de um satélite por causa da robustez que tem. Alguns dos seus materiais podem ser robustos e fortes o suficiente para chegarem ao solo sem serem destruídos pela fricção atmosférica. No seu sítio, a ESA (Agência Espacial Europeia) refere que a probabilidade de os componentes da estação atingirem alguém é “dez milhões de vezes inferior à de ser atingido por um raio, durante um ano”.
A Tiangong-1 possui o tamanho de um autocarro escolar e está em queda livre em direção à Terra. Uma das regiões onde é mais provável que se dê o impacto com o nosso planeta é no norte de Portugal, entre a noite de sábado, 31 e o final do dia de domingo, 1 de abril.
Neste gráfico disponibilizado pela Agencia Espacial Europeia, ao centro, estão marcadas a verde as áreas onde há maior probabilidade que a estação espacial chinesa venha a cair. No gráfico da esquerda está representada a densidade populacional de cada região, ou seja, a latitude onde a queda do objeto pode causar mais danos. Por fim, à direita pode ver-se a probabilidade de queda em cada região. É visível uma probabilidade mais alta que as restantes, para a zona que engloba o nosso país.
A estação de fabrico chinês, cujo nome representa “Palácio Celestial”, foi lançada para o espaço em 2011 mas está inativa há cinco anos. Terá sido posta em suspensão para depois ser encaminhada de volta ao planeta, de forma controlada. No entanto, em março do ano passado, a Administração Espacial Nacional da China indicou que a estação deixara de funcionar e já não estava a enviar informações, significando que estaria em queda livre em direção à Terra.
A bordo está um químico corrosivo que pode causar desde tosse até convulsões e ferimentos profundos na pele.