Neste sábado, 7 de abril, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a propósito da II Semana Intercultural da Maia, decidiu abraçar a diversidade e visitar o município maiato.
A chegada de Marcelo Rebelo de Sousa estava prevista para as 12 horas, mas o Presidente chegou discretamente 10 minutos antes da hora marcada. Marcelo caminhou da entrada principal do Visconde Barreiros, até à frente do café O Turista e atravessou a rua em direção à Praça do Prof Doutor José Vieira de Carvalho, sem carros oficiais que se vissem, nem segurança que se notasse.
A discrição findou quando se percebeu que Marcelo entrava na Praça do Município, sendo rapidamente rodeado de populares, que aproveitaram para trocar umas palavras com o Presidente da República e registar o momento com fotografias e com as famosas “selfies”.
Sobre o foco das objetivas dos jornalistas e dos olhares de todos, Marcelo foi Marcelo e com todos falou. Logo ali no contacto com a população, o Presidente da República abraçava, falava e até ajudava a tirar fotografias. Não deixava margem para dúvidas, aquele era o seu habitat natural.
Foram precisos quase 15 minutos para palmilhar as poucas dezenas de metros da Praça e chegar à entrada do edifício da Câmara Municipal, onde foi recebido pelas autoridades do município, liderado por Silva Tiago e por Bragança Fernandes, tendo posteriormente visitado a exposição “Mulheres Ciganas”, que o aguardava no átrio da Torre do Lidador. Durante a visita à exposição já se notava a forte presença da comunidade cigana que passou igualmente a seguir o Presidente.
Novamente na rua, volta o contacto com a população. Mais uma vez, Marcelo distribui afetos a quem com ele se cruza, fala com jornalistas, recebe uma carta de um jovem aluno, que lê no momento e em voz alta, abraçando o rapaz. Marcelo continua. Marca o ritmo e não “despacha” ninguém.
Atravessa a linha do Metro e entra na Padaria Ribeiro, onde se apressa a passar para o lado do balcão. Convida todos os funcionários a tirar uma fotografia com ele. Seguidamente, agarra-se ao sistema diferencial que a padaria usa, recusando a oferta de um pão-de-ló. Marcelo prefere pagar.
Percorre todas as mesas e cumprimenta todos os presentes, aproveitando para deitar os olhos no Semanário Expresso, do qual foi diretor nos anos 70, que um cliente lhe empresta. Entre os clientes estava Silva Peneda, maiato que liderava o Conselho Económico e Social, com quem trocou breves impressões. Do lado de fora da pastelaria são muitos os cidadãos que param e ficam à espera do Presidente, para a famosa “selfie”. Marcelo novamente não se furta a nenhum.
Já na Feira Intercultural “Sete Cantos do Mundo”, instalada no Parque Central da Maia, Marcelo Rebelo de Sousa faz uma demorada visita a todas as bancas presentes, tira fotografias e deixa palavras à comunidade cigana, sublinhando que “faz parte da história de Portugal há centenas de anos. É assim que queremos Portugal, um país aberto, tolerante, compreensivo, onde haja lugar para todos. Sou o Presidente de todos os portugueses, vou também ser o Presidente de todos os ciganos portugueses”.
Antes do almoço com a comunidade cigana, houve ainda tempo para uma receção musical, com um espetáculo preparado para o Presidente. Mais uma vez, Marcelo faz questão de cumprimentar um a um todos os intervenientes. O Presidente da República assistiu a danças e cantares daquela comunidade, almoçou cinco pratos tradicionais, como sopa de grão-de-bico e massa, favas com chouriço e, para sobremesa, filhoses.
Em declarações aos jornalistas, Marcelo abordou os temas da atualidade, explicando as razões que levaram ao veto à lei que permitia a engenheiros civis assinarem projetos de arquitetura, afrimando que “eu não vejo nenhuma razão, hoje, pelo número e pela qualidade dos arquitetos que temos, em estar a prolongar uma solução que foi sendo prolongada e devia terminar agora em 2018”.