A pandemia mudou a nossa realidade. Escolas encerradas, centros comerciais fechados, trabalho em casa e impossibilidade de sair à rua. Mas nem tudo parou. Os animais do Zoo da Maia continuam a viver normalmente e numa acalmia que lhes era totalmente desconhecida.
Encontramos o Zoo da Maia com os espaços comuns vazios e a tranquilidade dos animais. Perguntámos à colaboradora que nos acompanhou se achava que os animais sentiam a falta dos visitantes. Paula Telinhos, membro da equipa técnica do Zoo, respondeu-nos que pensa que não e, porventura, até acredita que este sossego lhes faz bem.
O Zoo da Maia abriu em 1985 e tem cerca de 500 animais. Recebe em média 125 mil pessoas por ano e está, desde 13 de março, encerrado ao público.
Este Parque Zoológico é propriedade da Junta de Freguesia e, para Olga Freire, Presidente de Junta de Freguesia Cidade da Maia, a maior preocupação com os animais foi desde logo manter o tratamento diário, a alimentação e os cuidados veterinários. Para isso, todos os funcionários continuaram a trabalhar divididos em duas equipas que alternam os dias de trabalho de forma a “salvaguardar os cuidados diários que os animais necessitam”.
Encerrado há quase dois meses, o Zoo continua com as mesmas despesas diárias mas sem as receitas da bilheteira. Esta é uma realidade que a Presidente vê com alguma preocupação visto que todas estas despesas são arcadas pela freguesia e os “apoios para parques deste género não incluem os que são geridos por autarquias”.
Não existe uma data prevista para a reabertura mas, pelo facto das escolas não reabrirem até ao final do ano letivo, as receitas das visitas de estudo já não serão recebidas. Março seria o mês onde o fluxo de pessoas aumentaria, até pelas próprias visitas das escolas, mas essa realidade foi atropelada pela emergência de saúde que o país e o mundo mergulharam.
A Pandemia parou o movimento de pessoas pelos passeios do Zoo mas a vida lá dentro, essa continuou.