Está aqui entre nós, é atraente, chama a nossa atenção. Somos aos milhões os que não vivemos sem ela, é simpática, divertida e atrai os nossos filhos. É funcional e efectiva, ajuda profissionais e governos, chama-se Tecnologia e será a ditadura do futuro.
1. A Inteligência Artificial.
A revolução foi silenciosa e quase passava despercebida, em poucos anos, a revolução tecnológica produziu um novo paradigma: a Inteligência Artificial (I.A.). O que tem de inovador, atraente e até assustador é que se trata de tecnologia que se desenvolve a si própria. Muito diferente dos nossos computadores e telemóveis, aparelhos que precisam de interacção humana para serem actualizados e renovados, mas que julgamos ser o topo da tecnologia, apenas porque abdicamos de umas centenas de euros por eles. No silencio de laboratórios de tecnologia está-se a formar uma tecnologia, muito mais avançada e, para muitos, perigosa: a Inteligência Artificial. Em breve os nossos computadores ficarão ainda mais desactualizados, a tecnologia quantum (ainda não disponível no mercado) será mais rápida umas varias centenas de vezes daquilo que experimentamos hoje. Estas inovações não teriam importância se não afectassem directamente o quotidiano e o futuro da humanidade.
2. Revolução silenciosa.
A história da aviação demorou 90 anos a chegar ao Boeing 747, mas a I.A. só demorou 10 anos a gerar incredulidade, espanto e até ameaçar o futuro da Humanidade. A I.A. são como seres vivos, mas electrónicos. Não são apenas robots, maquinas, que se desligam num botãozinho. Têm vida própria. Para se dar um exemplo, em 2016, a polícia procurou, várias vezes, nos arredores de uma cidade alemã, um robot que fugia constantemente do laboratório. Não era uma experiência. Os novos robots estão a ficar independentes da programação humana e adquiriram uma faculdade única: a capacidade de se desenvolverem sem mão humana, e sem dar conhecimento a criadores ou tutores. Mais, são capazes de comunicar novos dados e informação a outras máquinas, sem o conhecimento humano. Capazes de aprenderem informação, actualizarem-se na rede da internet e comunicam essas aprendizagens a outras maquinas, sem dar conhecimento aos seus proprietários. O que se está a criar é uma espiral de tecnologia autónoma que ninguém está a controlar. Por isso 250 cientistas, entre os quais Stephen Hawkins, criaram uma petição para o controle da I.A. Carros inteligentes, reconhecimento de voz e facial, drones, armas autónomas, redes e processos industriais e comerciais robotizadas, musica e arte por computador estão a infiltrar as sociedades humanas, e sem controle, porque é um negócio de biliões, livre de impostos.
3. Ameaças.
Hoje conhecemos angares de aviação totalmente automatizados e computadorizados, centrais de controle de comboios quase sem necessidade humana e até veiculos eléctricos autónomos sem condutor. Todas estas “maravilhas” tecnológicas, se nos atraem pela sua eventual eficiência colocam varias questões éticas e sociais que deveremos conhecer e debater.
A primeira trata-se da obsolescência da mão de obra, util, humana: o trabalho e o emprego não é apenas um modo de sobrevivência individual, mas também uma natural necessidade dos humanos estarem inseridos nos meios sociais onde vivem, conhecerem e controlarem os seus recursos. Este excesso de automação pode eliminar seres humanos do meio onde se inserem e do conhecimento dos processos em desenvolvimento, o que poderá gerar revoltas sociais.
A segunda é que o excesso de tecnologia tende a centralizar os processos de decisão e afastar a participação humana e democrática, por exemplo, os veículos elétricos autónomos (automóveis e camiões sem condutor) sugerem-se como atraentes e até uteis, mas escondem que se trata de tecnologia centralizada; se estes veículos tem a capacidade de comunicarem desempenhos e erros uns aos outros, há uma central que controla todos estes veículos, o que significa que os seus proprietários tendem a perder a sua responsabilidade e privacidade.
Por fim, em nome da eficiência do sistema tecnológico e até robotizado, ‘perfeito’ os humanos serão convidados a abdicar gradualmente de parte dos seus direitos (direito à privacidade, por exemplo), esta é por exemplo a bandeira de activistas que denunciam as experiências tecnológicas na China.
4. A experiência na China
O não-eleito governo chinês, tem usado os avanços tecnológicos para controlar os seus cidadãos. Em nome da escassez de efectivos policiais, o governo chinês arrogou-se colocar milhões de câmaras nas vias publicas de todas as as cidades e povoações (só em Pequim há 200 mil milhões de câmaras – cerca de 20 000 para cada habitante em Portugal), num gigantesco programa de controle BigBrother. Essas câmaras monitorizam cada individuo e transmitem informação aos seus controladores, acerca da idade, sexo para um sistema de pontuação social – crianças incluídas.
Desde 2016, a China iniciou, como prioridade nacional, um ‘progrom’ piloto de controle dos cidadãos pela via electrónica que será difundido a toda a China em 2020. Esta aberração tecnológica e civilizacional, controla os cidadãos chineses em quase toda a sua vida. E não apenas indivíduos, mas tambem organizações e empresas. Isto apenas ao nível governamental, porque na esfera comercial há, por exemplo, aplicações de telemóvel de chantagem social, como uma que permite saber se o seu vizinho ou colega de trabalho, tem dividas de quanto e a quem. A devassidão da vida privada aos chineses tem gerado tanta mau estar e desconfiança entre os chineses que quase obrigou os chineses a aceitarem a vigilância do governo.
A China apostou em ser a líder da inovação tecnológica no planeta até 2030, competindo directamente com os EUA e a Europa. E é nesta senda que a China tem implementado não apenas um sistema de controle e vigilância publica como a tecnologia está presente a cada minuto – o bilhete de autocarro na China paga-se automaticamente, por mero reconhecimento facial digital, previamente registado, bem como compras e acesso a serviços públicos.
Mas esta tecnologia não é, na sua origem e na sua maioria, chinesa. É ocidental, vinda dos EUA, principalmente. Os chineses estão, no fundo, a ser alvo de uma beta-experiência ocidental; são um mero teste de empresas de tecnologia gigantes, que não podem testar estes produtos no ocidente por razões legais – um dia, estas empresas aplicarão os resultados infligidos na sociedade chinesa a todo o ocidente.
5. O sistema de Pontuação social.
Os cidadãos chineses não estão apenas cantonados a um governo comunista que se arroga autocraticamente o seu tutor eterno. Estão também a serem vigiados e constrangidos por tecnologia e processos em acção que tendem mais a debilitar a sociedade do que a favorecer a sua emancipação. Para isso, está em acção um sistema de «pontuação social», que o governo de Xi Djiping implementou desde 2016. Neste estabelecimento prisional a que se chama China, os cidadãos tem a sua vida publica praticamente toda controlada. O governo chinês criou um «sistema de pontos» para cada cidadãos chinês, uma espécie de campeonato social que tem gerado mais decepção do que efeitos práticos. Aqui, cada residente na China, é avaliado e classificado segundo o seu comportamento, acções e até pensamento, pelos quais recebe pontos se age em conformidade, ou perde pontos quando se “porta mal”.
Por exemplo, atravessar uma rua fora da passadeira, faz perder pontos, comprar álcool ou jogar no telemóvel, também; mas comprar guardanapos ou passear os filhos num parque publico, empenhar-se em actividades conformistas do governo nacional ou local faz ganhar pontos. No fim, os “bons cidadãos”, os que têm mais pontos (o máximo são 800 pontos), poderão ter acesso a crédito bancário bonificado, fazer reservas de hotel ou comboio sem pagar garantia; enquanto os outros, os que têm menos pontuação, não poderão fazer reservas de bilhete de comboio ou avião, nem serem inscritos em paginas da internet, e serão ainda divulgados na internet e aplicações de telemóvel como “desonestos”. Mas é pior, o sistema não controla apenas indivíduos, mas tambem empresas: faltar aos impostos ou enganar clientes diminui a pontuação social, tal como reclamações de clientes ou fornecedores e as avaliações, positivas ou negativas, dos clientes na internet, contribuem para o campeonato. O jornalismo, arte e ciência, que se cuidem também, sob pena de verem as suas vidas expostas e humilhadas. Mas os acólitos de Xi Djiping tiveram limites: não avalia a horda de funcionários governamentais, locais ou policias. Este grotesco campeonato é praticado sob a justificação da protecção aos milhões de vitimas de massiva desonestidade “muito comum na população chinesa” – presume-se que sejam aqueles que imitam os seus tutores no governo, cuja revolução cultural matou 60 milhões e se mantém desonestamente não-eleito.
Se é um facto que grande parte dos chineses aprovam o sistema, tambem por todo o mundo ocidental levantam-se vozes que denunciam esta arbitrariedade do governo de Xi Djiping, e até a ONU denunciou o caso da província do oeste chinês, Xin Jiang, denominada como a maior prisão aberta do planeta. Aqui a população dominantemente muçulmana está sob perseguição étnica: os muçulmanos, pelas sua idiossincrasias, tem muita dificuldade de pontuar neste campeonato social, geram “baixa pontuação” e são detidos para campos de ‘reeducação’ onde passam 12 horas por dia a ler propaganda comunista e do estado. Os que tiverem sorte. Porque muitos ‘desaparecem’, são fuzilados ou entregues em clínicas, onde lhes são retirados órgãos para serem vendidos no mercado negro, segundo denuncias de organizações internacionais.
6. A guerra do futuro.
As evoluções tecnológicas têm a sua principal origem em testes e ensaios militares, e só anos depois estão disponíveis comercialmente (por exemplo, o CD-Rom é tecnologia militar norte-americana dos anos 60, só comercializada 25 anos depois). A guerra é provavelmente o motor da inovação tecnológica, e por isso, as forças armadas ocidentais contam com tecnologia que está a estimular debate ético profundo.
Os drones (aviões sem piloto, comandados à distância) que foram usados na guerra do Afeganistão por Obama, EUA, são hoje tecnologia obsoleta. Os EUA detêm actualmente tecnologia militar totalmente inesperada e inovadora, entre os quais um avião (o S47-B) que levanta autonomamente, faz a sua missão, ataca, regressa e aterra (se for necessário num porta-aviões) sem qualquer interferência humana e pode incluir «protocolo de matar»; o Pegasus, um avião invisível, não apenas a radar mas ao olho humano – graças a câmaras que filmam o céu acima e projectam numa tela que é a base do avião; a marinha americana tem ainda um navio totalmente autónomo, desenhado para perseguir e atacar submarinos e custa a sua operação por dia, ‘apenas’ 20.000 dólares contra os 700.000 de um ‘destroyer’ de comando humano para a mesma missão. E na Rússia, muitos quartéis não têm mais sentinelas humanas, mas robots e tanques-robot permanentes que patrulham as áreas militares.
Elon Musk, um ícone e empreendedor da inteligência artificial, avisou que o maior perigo da tecnologia actual é a aplicação militar futura. Musk, que desenvolve projectos de fusão do cérebro humano com tecnologia, mostra-se preocupado com o monstro que ajudou a criar: “não se sabe o que vai acontecer no futuro”, afirma, porque não sabemos nem controlaremos esta tecnologia, que se alimenta, cresce, desenvolve e ensina a si própria, sem qualquer intervenção humana; é uma nova forma de ‘vida’, mas sem alma, é pura electrónica, que descontrolada pode gerar a próxima guerra mundial, avisa Musk.
7. A identidade mundial
A saga da tecnologia actual está realmente orientada para controlar os indivíduos, sociedades e soberanias. A ONU tem em vista um projecto de parceria com a ID 2020 Alliance, para controlar todos os indivíduos do planeta, repito, todos.
Diz a propaganda do projecto que 1,5 biliões de pessoas no planeta “não têm identidade legal” – um ‘privilegio’ que a ONU quer ver terminado. Por isso a ONU e a ID 2020 vão implementar um sistema de identidade global a todos os indivíduos no planeta a partir de 2020. Não é para rir. O objectivo é ‘facultar’ vacinação a biliões de seres humanos e simultaneamente inserir-lhes um microship no corpo, para sua identidade legal, vulgo, escravatura. O projecto está a ser aplicado na China, India e Bangladesh – países mantidos na pobreza-beta para se tornarem laboratórios de experiências sociais dos globalistas.
Esta aliança entre mega-empresas e governos pretende forçar a população não apenas a aceitarem suspeitas vacinas, que geram lucros de biliões mensalmente, como implementar o micro-ship como a prova de identidade legal, mundial. E porque precisa a ONU e governos da tal “prova” de identidade legal? Isso é explicado por Patrick Spens, progandista da causa: “sem identidade legal, 1,5 biliões não podem ter conta bancária”. Et voilá! A preocupação e missão humana da ONU é obrigar os marginais do planeta a aceitarem o sistema financeiro global digital, isto, depois de os violar com agulhas e implantarem um microship no corpo (tudo “para o bem deles”, claro). É assim que a ONU vê a humanidade: gado obediente para mais lucro, para que biliões de humanos sejam propriedade de governos, empresas e da banca internacional.
Esta tecnologia será gradualmente divulgada às novas gerações mais acéfalas e treinadas para a necessidade de tecnologia, vacinas e microships. Um dia estará na Europa, porque a ONU está realmente empenhada em se tornar no governo mundial (um dia “de emergência”) com as suas agendas para a “migração”, ‘desenvolvimento sustentável’, vacinas, microships e outras diversões.
Conclusão
A globalização é um sistema financeiro internacional que precisa de condicionar os seres humanos do planeta, para a sua saga. Os globalistas contam com a ONU e com estas “inovações tecnológicas”, que minam e testam a resistência dos edifícios morais e legais dos paises soberanos e das culturas. Alguns paises alinham mais que outros, mas cabe aos cidadãos e comunidades conhecer o monstro que se está gerar no futuro, quem o controla e porquê.
Elon Musk avisa que “o tirano do futuro vai-se chamar Tecnologia e Inteligência Artificial”, mas o que é inédito nesta ditadura futura, é que “nunca mais nos livraremos dela”, porque estamos, há muito, a sermos treinados a depender dela. Esta tecnologia não apenas influenciará e manipulará eleições e futuras fortunas, como elimina competidores indesejados e limita ambições “incorrectas”.
Em Portugal, o governo anterior assinou por Augusto Santos Silva protocolos com a China para implementação de tecnologia 5G e que comprometem a privacidade dos portugueses. E se a Europa se sugere fora das tecnologias de controle, dado o seu edifício legal e direitos sociais, não se pode descurar falsos ataques terroristas, ataques hackers, epidemias ou ‘catástrofe’ natural, ou todos ao mesmo tempo, que não despolete medidas de emergência: vigilância social massiva e perda de direitos sociais, durante Lei Marcial.
Só precisamos de estar atentos e vigiar os nossos vigilantes “benfeitores”.
Augusto Deveza Ramos
Sociólogo