Fundos de investimento e bancos credores da Douro Litoral assumiram a concessão que explora a A41, A42 e A32. Concessionária, que era gerida pela Brisa, devia mais de mil milhões.
Os credores da concessão Douro Litoral assumiram o controlo da concessionária que explora as referidas autoestradas, na sequência do incumprimento das obrigações financeiras de reembolso do capital, juros e omissões em dívida. A Douro Litoral era até agora operada pela Brisa, principal acionista desta concessão.
Os argumentos para o desequilíbrio financeiro desta concessão, a primeira em Portugal a ser tomada por credores, passam pela existência de uma estrutura de custos elevados, associada a níveis de tráfego abaixo das previsões iniciais.
A Douro Litoral manteve durante anos um pedido de reequilíbrio financeiro junto do Estado, onde demandava um valor superior a mil milhões de euros. No entanto, um tribunal arbitral condenou o Estado a um pagamento muito inferior a esse montante.
As participações acionistas na Douro Litoral foram deslocadas para um grupo de credores da qual fazem parte o JP Morgan e o Deutsche Bank. Estes fundos adquiriram os créditos aos financiadores originais da concessão, onde figuravam vários bancos, incluindo a Caixa Geral de Depósitos.
Segundo um relatório preliminar da auditoria ao banco estatal, no final de 2015 a Douro Litoral tinha uma dívida de 153 milhões de euros à Caixa, com uma perda já identificada de 80% do montante.