O alargamento da A4, às portas do Porto, ainda se encontra por finalizar. A obra entre Águas Santas e Ermesinde começou em 2015 e era para estar pronta em 2017. A Brisa compromete-se a concluir a empreitada até ao final do ano. O autarca da Maia diz que avança judicialmente, se a concessionaria não cumprir o novo prazo.
Como já tinha sido avançado pelo NOTÍCIAS MAIA, a componente mais onerosa da empreitada não era, contudo, a construção do próprio túnel, orçada em 13,5 milhões de euros e que teria o prazo de conclusão previsto para Maio de 2017, mas o alargamento do lanço até Ermesinde, que implicava um investimento de 21,6 milhões de euros, contabilizados todos os custos de expropriação de terrenos, construção de novas infra-estruturas e arruamentos, relocalização de uma escola básica e realojamento de uma pequena comunidade de etnia cigana que deveria estrear as casas que foram construídas para o efeito, na rua das Coriscas, na mesma freguesia.
Ao que tudo indicava, os trabalhos no túnel terminavam em Setembro de 2018 e, quando todas as obras estivessem concluídas, o tráfego entre Amarante e Porto passariam no novo túnel com quatro faixas, e o trânsito no sentido inverso seria canalizado pelas duas galerias existentes.
No início das obras foi revelado que o alargamento da capacidade da auto-estrada decorreria do próprio contrato de concessão da Brisa e era uma obrigação a que ficou sujeita já desde 2009, altura em que os níveis de tráfego começaram a atingir esses limites. A complexidade da obra, decorrente da densa malha urbana em que está inserida, ajuda a explicar as razões porque o processo demorou tanto tempo — o estudo prévio do novo túnel foi remetido ao Instituto de Mobilidade Terrestre já em Outubro de 2009. Manuel Lamego, administrador da Brisa, avisou em 2015 que até o processo ficar concluído deverá levar ainda mais três anos, ou seja, apenas até 2018. “Pela experiência acumulada da Brisa, temos todos os impactos previstos e vão ser minimizados. Mas é natural que surjam alguns incómodos, até porque os trabalhos vão decorrer sempre sem interrupções de trânsito”, afirmou.
Agora, e após 7 anos desde o início das obras, estas deverão estar terminadas no fim do ano, caso contrário, será avançado um processo judicial contra a Brisa por incumprimento do prazo estipulado