Estima-se que o projeto de construção da linha de alta velocidade, que ligará Porto e Lisboa, poderá custar até 425 milhões de euros em expropriações, num investimento total de quase 5 mil milhões de euros.
A linha de alta velocidade, que irá ligar o Porto a Lisboa, está prevista para custar ao Estado até 425 milhões de euros apenas em expropriações. O projeto, cujo primeiro concurso já foi lançado, prevê que a linha permita a circulação de comboios a 300 quilómetros por hora, reduzindo o tempo de viagem entre as duas cidades para apenas uma hora e 15 minutos.
A linha será construída em três fases, com a primeira, incluindo dois troços, prevista para estar concluída até 2028. O primeiro troço, entre o Porto e Oiã, será o mais caro, e o segundo, de Oiã a Soure, acrescentará mais 71 quilómetros à linha. As expropriações necessárias para a construção envolvem a aquisição de solo urbano, industrial e agrícola, além da demolição de casas de habitação e empresas.
Um estudo realizado pelas Infraestruturas de Portugal indica que serão necessários adquirir 404 mil metros quadrados de solo urbano, 115 mil metros quadrados de solo industrial e 1 milhão de metros quadrados de solo agrícola. Além disso, 247 casas e 53 fábricas e empresas serão demolidas. O custo total das expropriações variará de acordo com o trajeto final da linha.
O projeto também considera um quarto troço, a ser concluído até 2030, cujo percurso ainda está em aberto e poderá ser influenciado pela localização do novo aeroporto de Lisboa. O custo total do projeto de alta velocidade, incluindo três parcerias público-privadas, é estimado em quase 4,5 mil milhões de euros.
Quando operacional, o bilhete do TGV deverá custar 25 euros por pessoa, um valor abaixo dos preços atualmente praticados, se detalhar a formula que permitiu avançar com o valor.