Apoio mais baixo na Maia foi de €69,90 e ajudas do Governo ainda não chegaram à esmagadora maioria das empresas e empresários.
Segundo a lista divulgada no site Compete 2020, até ao dia 15 de fevereiro foram aprovados apenas 551 projetos de empresas Maiatas, que submeteram as suas candidaturas ao Programa Apoiar (que entretanto já se encontra encerrado para novas candidaturas, por terem sido esgotadas as verbas disponíveis).
A estas 551 empresas da Maia, que já viram a sua candidatura aprovada, está destinada uma verba total de 5 milhões e 545 mil euros, parte de um total de 376,7 milhões aprovados para todo o país e destinados a 40.197 empresas. De acordo com os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística, em 2018 a Maia tinha 16.029 empresas, das quais 15.997 eram PME. Trata-se, portanto, de menos de 3,5% do universo empresarial da Maia.
No município da Maia, o projeto com menor apoio irá receber €69,90, havendo ainda quatro outros projetos cujo valor não alcançou os 250 euros (€249,42; €171,51; €136,00; €110,48). Do lado inverso, o projeto com o maior apoio no concelho irá receber €70.192,19 , estando ainda dois outros com uma verba aprovada de €60.000,00 cada. Para as candidaturas de empresas da Maia, até 15 de fevereiro, o valor mediano aprovado foi €7.500,00 e o valor médio foi €10.064,44.
O programa Apoiar.pt foi lançado a 25 de novembro, disponibilizando apoios a fundo perdido às empresas dos setores afectados pela crise pandémica (que começou a fazer-se sentir principalmente em março de 2020) e obrigou ao encerramento e à redução de atividade de grande parte do tecido empresarial nacional. Trata-se de um instrumento de apoio à tesouraria das empresas, que atuem em setores particularmente afetados pelas medidas de confinamento, assegurando e preservando a sua liquidez no mercado e a continuidade da sua atividade económica durante e após o surto pandémico, financiado pelo Feder – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
A medida destina-se a apoiar o financiamento do fundo de maneio das PME e grandes empresas localizadas no território do continente que registem forte redução do volume faturação e que atuem nos setores mais afetados pelas medidas excecionais de mitigação da crise sanitária. Está limitada a Micro, Pequenas e Médias Empresas, de qualquer natureza e sob qualquer forma jurídica e a empresas com 250 trabalhadores ou mais e um volume de negócios anual inferior a 50 milhões de euros.