Este período do ano tem sido rico em diversas movimentações políticas. Algumas certas, outras pouco perceptíveis, e outras incompreensíveis.
Entre debates, ditos e desditos, o país aguardou serenamente (ou não) pelo confronto entre o actual primeiro-ministro e o candidato do principal partido da oposição.
Julgo que nos diversos órgãos de informação já se decalcou todos os argumentos políticos de um e de outro, a postura, a expressão facial, a velocidade de resposta, a argumentação, a preparação, a tipologia de debate, os vencedores… enfim tudo. Não vou sequer atrever-me a dar a minha opinião quanto a vencedores, ou entrar numa discriminação doentia de todos os parâmetros em cima enunciados, pois pessoas bem mais avalizadas do que eu já o fizeram, com qualidade naturalmente superior àquela que aspiraria ter.
Impõe-se, em minha opinião pessoal, retirar algumas reflexões que nos devem preocupar a todos como cidadãos.
1. Nenhum foi capaz de explicar uma proposta concreta sobre o Serviço Nacional de Saúde.
Já critiquei algumas medidas deste governo, já propus caminhos reformistas e até já dei mão à palmatória quanto aos factos que são os números (ndr ler artigo “Viola ao Saco”). Contudo, fico preocupado quando não se vislumbram reformas basilares, nem perspectivas futuras, estando o governo (seja ele qual for eleito) apoiado na boa vontade dos profissionais de saúde.
2. A ausência do tema Educação
Nem me parece que este ano esta temática fosse polémica. Pelo menos a abertura do ano escolar tem decorrido com normalidade. Mas não haverá nada a debater? O bloco central está de acordo em tudo, ou faltam ideias…
3. Tema da segurança Social.
Plafonamentos à parte, a verdade é que ninguém ficou esclarecido quanto à defesa do contribuinte… ninguém percebeu qual a verdadeira estratégia que nos proporcionará segurança social e económica.
A terminar aproveitar para partilhar o regozijo pela Maia voltar a contar com elementos candidatos à Assembleia da Republica. Emília Santos de um lado, e João Torres e Ana Virgínia Pereira do outro. Realço a Maiata e Barcarense Emília Santos que pelo seu trabalho e contributo alcançou um lugar de destaque na lista de candidatos.
Seja qual for o resultado nas próximas legislativas… A Maia já ganhou! Espero que Portugal aprenda a aprender.
Ricardo Filipe Oliveira,
Médico;
Doc. Universitário UP;
Lic Neurof. UP;
Mestre Eng. Biomédica FEUP ,
não escreve ao abrigo do novo acordo ortográfico.