A Maia já apresenta das mais baixas taxas de retenção escolar no ensino básico, na Área Metropolitana do Porto. O Programa INEDIT.Maia visa a promoção do sucesso escolar e o envolvimento da comunidade local no desenvolvimento de aprendizagens das crianças e jovens. Terá a duração de 36 meses e envolverá 7 agrupamentos de escolas, 37 escolas do 1º ciclo, 37 jardins-de-infância e 7 escolas EB 2,3 e 35 associações de pais.
A vereadora da Educação, Emília Santos, mostrou-se confiante no sucesso do programa porque, segundo afirma, a Maia dispõe de “bons professores, bons técnicos, bons auxiliares, e famílias interessadas em dar o seu melhor”.
A taxa de retenção e desistência no ensino básico na Maia (4,9%) encontra-se, segundo dados do INE consultados pelo Notícias Maia, abaixo da média da Área Metropolitana do Porto (5,9%) e é bem mais baixa que em municípios tais como Trofa (7,6%), Matosinhos (6,9%), Vila Nova de Gaia (6,6%), Porto (6,3%) ou Vila do Conde (6,1%).
A apresentação do programa INEDIT.MAIA contou com uma sessão de abertura a cargo do presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago, a quem se seguiram várias personalidades de relevo, tais como David Justino e José Verdasca, duas das figuras mais respeitadas na área educativa em Portugal. O primeiro exerceu as funções de Ministro da Educação e presidente do Conselho Nacional de Educação. Verdasca é o atual Coordenador do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar.
Rui Duarte (Diretor do Agrupamento de Escolas da Maia), António Marinho (Presidente da FAPEMAIA) e Lino Ferreira (Secretário Executivo da Área Metropolitana do Porto) foram os restantes oradores.
António Silva Tiago, Presidente da Câmara Municipal da Maia, referiu que este programa é mais um reflexo da sua aposta pessoal na Educação como um desígnio estratégico para garantir um futuro risonho à Maia. “Temos de pugnar por uma escola inclusiva. A nossa responsabilidade é proporcionar escolas confortáveis e funcionais, onde os alunos gostem de aprender e brincar”, disse.
Segundo o Conselho Nacional de Educação, Portugal está no topo dos países que mais utilizam a retenção de alunos, sendo que em 2015, mais de 30% dos alunos do país já tinham chumbado pelo menos uma vez. Esta é uma situação que se verifica logo no início do percurso escolar, dado que cerca de 17% dos alunos já tinham chumbado até ao 6.º ano.
Portugal, França, e Espanha são os países com a maior diferença na probabilidade de repetição de ano entre os alunos de classes socioeconómicas e culturais favorecidas e os provenientes de classes desfavorecidas.